O deputado federal e Senador eleito Armando Monteiro (PTB) considera um avanço a aprovação pelo Senado do Cadastro Positivo. O projeto cria um banco de dados dos bons pagadores de empréstimo, que serão beneficiados com a oferta de juros menores nos financiamentos.Para Armando, a principal contribuição do projeto é não onerar o bom pagador com “o spread médio que hoje penaliza a todos, indistintamente”. Spread é a diferença entre a taxa de captação dos bancos e o que cobram aos tomadores de empréstimo. “Com esse cadastro, se cria um sistema de informações positivas, colaborando para a redução da taxa de juros”, resume.
Lembrando que o Cadastro Positivo sempre foi considerado uma prioridade para o setor produtivo, o ex-presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI) ressalva que o projeto aprovado ainda não é considerado o ideal e que por isso cogita-se a possibilidade de edição de uma Medida Provisória para alguns ajustes.
Armando fala também da importância da aprovação pelo Senado do Projeto de Lei que reestrutura o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE). “São projetos que estão na pauta das chamadas reformas microeconômicas e que contribuem para melhorar o ambiente de negócios no Brasil”, disse.
Diálogo Social – Membro do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social da Presidência da República, Armando Monteiro participou nesta quinta-feira (2), no Palácio do Planalto, da última reunião do órgão consultivo da Presidência da República, no governo Lula. Para Armando, a experiência do chamado “Conselhão” foi bem sucedida por estimular o exercício de um diálogo social. “Nesse espaço, brasileiros de diferentes origens, regiões e segmentos profissionais constroem uma visão convergente sobre o itinerário do país e isso ajudou na formulação de políticas públicas”, disse. O senador eleito recorda ainda que o CDES teve papel importante em vários momentos do governo Lula, a exemplo do período em que o país precisou combater os impactos da crise financeira mundial.
