sábado, 4 de agosto de 2012

Brasil vai produzir vacina que protege contra quatro doenças de uma única vez


O Brasil vai produzir vacina tetraviral que protege contra quatro doenças de uma única vez. Vai imunizar contra sarampo, caxumba, rubéola e varicela (catapora). O acordo que prevê a produção da vacina será assinado amanhã (4), no Rio de Janeiro, e prevê a transferência de tecnologia do laboratório público Biomanguinhos, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), para o laboratório privado GlaxoSmithKline.
Segundo o Ministério da Saúde, a partir de 2013, a vacina tetraviral fará parte do calendário de imunização do Sistema Único de Saúde (SUS).
O ministro Alexandre Padilha disse hoje (3), durante aula inaugural de um curso de medicina na zona leste de São Paulo, que o acordo garante o acesso a medicamentos e vacinas sem depender de outros países. “Podemos tomar como exemplo a pandemia do vírus [Influenza] H1N1, quando a vacina não era produzida no país e não foram feitas doses em quantidade adequada”, justificou o ministro, que irá participar da assinatura do acordo no Auditório Museu da Vida, na sede da Fiocruz.
O ministro destacou que a empresa possui interesse em produzir o medicamento no Brasil por causa do tamanho do mercado consumidor nacional. “Produzir aqui significa distribuir para milhões de pessoas. Atualmente, temos 34 projetos que são parcerias com empresas”, explicou.
No evento, Padilha comentou a tendência de queda das mortes provocadas pela influenza A (H1N1) - gripe suína na Região Sul.“A medida que avançamos no inverno, vai diminuindo a circulação do vírus da gripe. Mas isso não significa que devemos reduzir a vigilância, sobretudo, quanto ao uso do oseltamivir [medicamento de nome comercial Tamiflu]. Umas das razões para a diminuição do número de óbitos foi porque o uso começou a ser mais precoce”, reforçou.

Professores da UFPE e URFPE rejeitam proposta e mantêm greve


Os professores da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) votaram, nesta sexta-feira (3), e rejeitaram a proposta de reajuste do governo federal. Participaram da assembleia da Associação dos Docentes da UFPE (Adufepe), no auditório do Centro de Ciências Sociais Aplicadas, 180 professores, dos quais 155 votaram contra a proposta do governo.
Na Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), a assembleia aconteceu nesta manhã, na sede da Associação dos Docentes da UFRPE (Aduferpe). De acordo com o professor Juvenal Fonseca, tesoureiro geral da Aduferpe, 90 professores compareceram ao encontro e apenas um voto foi favorável ao encerramento da paralisação.
O número maior de docentes participando da assembleia da UFPE demonstra um maior engajamento da classe, acredita o professor José Luiz Simões, presidente da Adufepe. "Tínhamos pouco mais de 130 professores na última. O governo federal subestimou a força do nosso movimento e estamos mostrando que estamos cada vez mais unidos", afirma Simões.
O professor lembra ainda que o aumento de 4% dado neste ano estaria dentro da proposta de reajuste do governo federal. "Nosso último aumento foi em 2010. Eles querem dar 25% até 2015. Se você divide essa porcentagem pelos cinco anos, dá menos que a inflação, que foi de 6% ano passado. O que a gente quer é a inflação mais 1% ou 2% e uma carreira lógica", explica.
A assembleia reiterou ainda o apoio ao Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino (Andes), ao qual a Adufepe é ligado e que rejeitou também a proposta do governo federal. "A Federação de Sindicatos de Professores de Instituições Federais de Ensino Superior (Proifes) não representa a vontade da maioria dos professores. Se o governo assinar o acordo com o Proifes, está assinando com um sindicato que representa menos de 5% dos docentes e essa greve não vai terminar", diz Simões.
A próxima assembleia da Adufepe está prevista para a quarta-feira (8). Como o calendário de aulas está suspenso, Simões lembra ainda que somente após término da paralisação é que o calendário acadêmico será reprogramado. "Com o atual impasse, acredito que o segundo semestre só deva começar em outubro ou novembro", avisa o professor.
O reajuste
O termo de acordo proposto pelo governo federal assegura a todos os docentes um reajuste de pelo menos 25% sobre a remuneração de março, quando houve aumento de 4%. Para os professores titulares, o índice atinge até 40%. Os valores serão pagos em três parcelas, nos anos de 2013, 2014 e 2015.
Pela tabela apresentada pelo Ministério do Planejamento e pelo Ministério da Educação, um professor titular, com dedicação exclusiva, passa de R$ 12.225,25 para R$ 17.057,74 ao se completar a aplicação do índice.
Esta é a segunda e definitiva proposta apresentada, de acordo com o governo. Pela anterior, onde os reajustes partiam de 12%, o custo seria de R$ 3,92 bilhões e o pagamento ocorreria nos meses de julho. Agora, com os novos índices, o impacto no Orçamento da União é de R$ 4,2 bilhões. Além disso, a aplicação dos índices foi antecipada para março de cada ano.

Aliado histórico de Zé Queiroz deixa o palanque


O empresário João de Salú, aliado histórico do prefeito José Queiroz (PDT) e figurinha carimbada em suas campanhas, será o novo coordenador de campanha do candidato do PSOL à Prefeitura de Caruaru, Fábio José. A informação foi repassada com exclusividade ao Blog do Magno pelo coordenador geral da coligação - Caruaru pode mais por um socialismo mais justo - José Carlos Menezes.
Desde 1951, quando Abel Menezes foi eleito prefeito da Capital do Agreste, a família Salú sobe nos palanques de Lyra e Queiroz, tendo obtido para o gestor da cidade, na última eleição municipal, mais de 500 votos provenientes do distrito de Lages. Porém, João de Salú garantiu que este ano não irá votar no atual prefeito e candidato à reeleição.
A ida dele para o palanque do PSOL mostra também que algumas forças ligadas ao vice-governador João Lyra Neto estão, aos poucos, deixando o palanque da Frente Popular. João de Salú também apoiou todas as candidaturas do grupo Lyra e sempre esteve ligado às forças de esquerdas.