O açude Epitácio Pessoa, na cidade de Boqueirão, está sem receber água. O bombeamento transposição do São Francisco para o reservatório está suspenso, mas as chuvas registradas nos últimos dias ‘salvaram’ o açude de problemas piores. Segundo o presidente da Agência Executiva de Gestão das Águas da Paraíba (Aesa), João Fernandes, a situação é considerável e boa. O açude é responsável pelo abastecimento de Campina Grande e região.
“Hoje o açude está com quase 146 milhões de metros cúbicos, uma situação boa, com um volume considerável, inclusive maior que o volume de terça (15). Não estamos perdendo tanto, mesmo com a Transposição parada, porque estamos no período chuvoso. Ele está distribuindo normalmente água pra Campina e Acauã, além de atender aos usuários da pequena agricultura de subsistência do local”, explicou João Fernandes. Atualmente, Boqueirão está com 35,45% da capacidade.
Obras
Após reunião realizada na segunda-feira (14), na sede do Ministério Público Federal (MPF) em João Pessoa, a empresa PB Construções se comprometeu em retomar as obras da tomada complementar de água (rasgo) no açude de Poções (eixo leste da transposição), localizado no Cariri paraibano, até o fim desta semana. Por causa dos problemas com o início da obra, o bombeamento da água da transposição do São Francisco para o açude de Boqueirão permanece suspenso.
Durante o encontro dessa segunda, ficou definido que o MPF enviará ao Ministério da Integração Nacional colocações da PB Construções acerca de atrasos no pagamento das medições da obra. O Ministério Público Federal enviará também, ao Dnocs, documentação que será entregue pela empresa para análise jurídica do pagamento de válvulas adquiridas para uso na obra.
Nessa terça-feira (15), o Comitê de Gestão da Crise Hídrica do Ministério Público da Paraíba fiscalizou o canteiro de obras de Poções. Na oportunidade, segundo o presidente da Aesa,
a empresa assumiu o comprometimento depois de 147 dias do acertado, que era dia 2 de abril. “Fomos a obra e lá conversamos com as duas construtoras responsáveis. A PB Construções assumiu perante o Dnocs, do Ministério Público e da Aesa o comprometimento. Eu espero que dessa vez seja cumprido. Se não for, vamos atrás mais uma vez”, disse.
Fonte: Portal Correio