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HISTÓRIA DO WHISKY
Continuação - História do Whisky:
A indústria de whisky cresceu bastante no reino da rainha Vitória, devido a alguns acontecimentos que ocorreram na Escócia que se tornaram populares na sociedade real. Uma praga de filoxera em 1863, que destruiu os vinhedos da França também contribuiu, levando com isso, os consumidores ingleses de vinho e de conhaque a consumirem mais o whisky. Na época, a qualidade e a consistência do whisky não tinha confiabilidade, contudo, por essa razão que a prática de blending foi introduzida. Os comerciantes de vinho, John Dewar e Arthur Bell, que eram rivais e espírito de Perth, encontraram um produto mais estável que poderia ser produzido com a mistura de vários whiskies de malte de destilarias diversas, e seus blends de whisky foram lançados nos anos 1850. Essa foi a primeira vez que os whiskies foram classificados por seu sabor, e a arte de master blender era a de selecionar um malte, ou substituir um por outro, de acordo com seu sabor e, mais sempre mantendo o equilíbrio e a consistência da marca.
Nessa mesma época, o comerciante Andrew Usher teve uma brilhante idéia de arraigar whiskies de grãos em um blend. Esses são destilados de cevada não maltada, trigo ou milho, produtos mais leves que os maltes e mais em conta na produção utilizando-se o alambique contínuo “patent still” (também chamado de alambique de coluna) criado por Robert Stein em 1830 e mais tarde, aperfeiçoando por Aeneas Coffey. Outros blenders surgiram, e, em 1890, com a introdução de diversas marcas por W.P. Lowrie, Charles Mackinlay, John Haig, John Walker, James Whyte e Charles Mackay, William Teacher, os irmão Chivas e James Buchanan dos quais todos se tornaram nomes consolidados, a indústria de whisly crescia a cada dia. Com o crescimento, viu-se a necessidade da contratação de novos agentes estrangeiros e começaram a divulgar suas marcas no mundo inteiro. Pra se ter uma idéia, só na década de 1890, 33 novas destilarias foi implantada na região, e dessas, 21 eram de Speyside. Em 1885, Campbeltown tinha sete destilarias. Em 1899, tinha 30. Com isso, aumentou os estoques nos armazéns, de 2 milhões de galões em 1892 passaram para 90 milhões de galões até 1898. Entretanto, o boom do whisky não duraria para além do início do século 20.
O primeiro conflito foi à falência em 1898 de uma firma de blenders dirigida por Robert e Walter Pattison. Além encontrarem fraude na contabilidade, os Pattison também apelaram para a venda de whisky de grãos, que continha apenas coloração e bem pouco do “melhor blend Glenliver” deles. Os irmãos Pattison além de falirem, provocaram uma queda brusca nos preços do whisky e no valor das ações. E com isso, foram processados por fraude e recolhidos a prisão. E com a Guerra dos Bôeres e o declínio econômico geral, veio a queda das vendas e consumo de whisky. O rei Eduardo VII rejeitou o whisky em favor do vinho e do conhaque franceses, e os costumes mudaram.
Em 1905, o Conselho de Islington Borough processou com sucesso dois comerciantes por venderem whisky que “não atendia às exigências de natureza, substância e qualidade”. Esse julgamento teve bastante repercussão e foi resolvido pela “lei do espírito imaturo” de 1915, que determinava que o whisky tinha de ser maturado em tonéis pelo prazo mínimo de três anos, norma existente até hoje. A lei de 1915 foi implantada por David Lloyd George, então, ministro do tesouro público, que declarou que a bebida era uma, inimiga mais mortífera da Primeira Guerra Mundial do que a Alemanha e a Áustria. E como medida para reduzir o consumo, ele elevou as taxas de alvará dos destiladores e o imposto sobre o whisky, para o de cerveja, uma política que deixou a indústria de whisky escocesa enfurecida.
Outra medida enérgica foi tomada, as destilarias foram fechadas durante a Primeira Guerra Mundial no intuito de preservar os estoque de cevada para serem utilizadas na alimentação, as exportações de whisky foram eliminadas em 1917 e o imposto sobre o whisky dobrou em 1918. Com o termino da guerra, os proprietários de destilarias esperavam reerguer o setor, mas foram surpreendidos por mais um aumento nos impostos no Orçamento de 1919. E, aí surge um outro problema, nos anos 1920, o movimento antialcoólico começou a crescer na Grã-Bretanha, e os Estados Unidos eliminaram as importações de whisky e decretaram a Lei Seca. Felizmente, a Lei Seca dos Estados Unidos não foi o esperado, e foi menos eficaz do que o movimento antialcoólico na supressão do whisly.
Um novo acontecimento na história, carregamentos de Cutty Sark, um blend de whisky Premium leve, foram desviados para os Estados Unidos na década de 1920 pelo capitão William McCoy, que era um fabricante clandestino com base nas Bahamas. Esse whisky contrabandeado chegou a fazer tanto sucesso que os clientes exigiam o “legítimo McCoy”, uma expressão para Cutty Sark, conhecida nos dois lados do Atlântico.
-Tino Lopes
Administrador de
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Relações Públicas
MBA em Pessoas e
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Pós-Graduado em Gestão
Pública
Extensão em Arranjos
Produtivos na Área de Confecções
Comunicador de Rádio
Pesquisador
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