sábado, 13 de fevereiro de 2021

Estúdios de gravação e edição de áudio e vídeo são inaugurados em Escola Técnica de Caruaru

Foto: Kleyvson Santos

A Escola Técnica Estadual (ETE) Nelson Barbalho, de Caruaru, Agreste pernambucano, inaugurou na ultima quarta-feira (10) seus estúdios de gravação e edição dos cursos inéditos na Rede Estadual de Rádio, TV e Internet; e Produção de Áudio e Vídeo, que estão sendo ofertados nas modalidades médio-integrado, para quem cursa o ensino médio e técnico simultaneamente; e subsequente, para quem já concluiu o ensino médio. Ao todo, 633 alunos estão matriculados na unidade de ensino para o ano letivo de 2021.

Atendendo aos protocolos de biossegurança contra a Covid-19, uma solenidade de inauguração, com professores, gestores e estudantes, foi realizada na unidade de ensino. Os estúdios, que são climatizados e decorados, foram divididos em três espaços: um laboratório com dez máquinas de ponta para a produção e edição de áudio e vídeo; um estúdio de gravação de imagem com chroma key; e outro com cenário, iluminação e equipamentos móveis.

 “Caruaru é um polo audiovisual muito importante, que comporta diversas TVs e emissoras de rádio, e a demanda nesta área é grande na cidade. A entrega desses espaços da ETE Nelson Barbalho é fundamental para o Agreste inteiro, pois é a materialização da interiorização da inovação que tanto trabalhamos para fazer acontecer”, frisou George Bento, gerente geral de Educação Profissional da Secretaria de Educação e Esportes (SEE); acompanhado de Maria Medeiros, secretária executiva de Educação Integral e Profissional da SEE; e Flávio Carlos, gestor da Gerência Regional de Educação (GRE) Caruaru, que também participaram do evento.

 “Esses equipamentos vão ajudar para que os nossos estudantes tenham a teoria aplicada aqui durante a sua formação profissional. É uma conquista importante para Caruaru e para toda a Região. Estamos muito felizes. Caruaru e região ganham este presente”, comemorou Maria Medeiros.

A unidade de ensino foi transformada em ETE em novembro de 2020 para ampliar a oferta de ensino profissionalizante na região. Geralda Dutra, gestora da escola, destacou a ansiedade de alunos e professores para iniciar o ano letivo com estúdios pioneiros no Estado. “Além dos cursos serem novidade na região, o mercado de trabalho é muito carente dessa mão de obra. É uma chance que eles (alunos) veem de crescer profissionalmente e de colocar seus projetos de vida em prática. Ainda temos muitos estudantes do segundo e terceiro ano que estão bastante ansiosos para ingressar na modalidade subsequente quando concluírem o Ensino Médio, e isso nos deixa bastante felizes, pois vemos jovens que estão atrás de qualificação e um futuro melhor”, disse a gestora.

A corretora Aldija Cortês, mãe da estudante Thaynara Cortês, do segundo ano do Ensino Médio da escola, acompanhou a inauguração e elogiou a ETE e a Secretaria de Educação e Esportes pela iniciativa. “Eu nunca tive o que reclamar da ETE Nelson Barbalho. Os professores e gestão sempre foram muito atenciosos com os alunos e eu me sinto segura em deixar a minha filha concluir os estudos aqui. E agora, com os estúdios, eu só tenho mais elogios a fazer, porque esses equipamentos vão preparar ainda mais os nossos filhos para a vida fora da escola. Vemos muitos jovens que saem da escola sem uma profissão, mas aqui, não. Daqui eles saem profissionais e eu fico muito feliz”, contou.

 “A gente fica muito empolgado vendo esse tipo de investimento numa escola pública. Sem dúvidas, quero concluir o Ensino Médio e retornar para fazer o técnico. Os estúdios estão lindos, impecáveis. Eu vi de perto a correria da escola em preparar tudo com muito carinho e a gente só tem vontade de retribuir com estudo e dedicação”, concluiu Thaynara.

HOMEM FOI SEQUESTRADO E ASSASSINADO A TIROS NO BAIRRO SÃO JOÃO DA ESCÓCIA EM CARUARU.

Foi morto a tiros na tarde de ontem sexta-feira (12), na esquina entre a Rua Adelmo Fontoura e a 3ª Travessa Clara Nunes próximo a Escola Professora Jesuína Pereira, no Bairro São João da Escócia em Caruaru, José Wnedson Soares da Silva, vulgo “Careca”, de 45 anos, que já foi preso, que morava no Bairro Rendeiras, na mesma cidade.

De acordo com testemunhas, a vítima estava dentro de um veículo Duster, de cor; Branca e nesse local conseguiu pular do veículo em movimento, nisso, os elementos que o mantinham como refém, desceram do carro e o executaram ali mesmo, inclusive ao lado do corpo da vítima foi encontrada uma algema que provavelmente foi utilizada para imobilizá-lo.

O corpo da vítima foi encaminhado para o IML local. Este foi o 7º crime de morte do mês de Fevereiro e o 14º do ano de 2021 em Caruaru.

Empresa de telemarketing abre inscrições para cerca de 400 vagas de emprego, em Campina Grande

A empresa Orbitall, do setor de telemarketing, está oferecendo cerca de 400 vagas de emprego, em Campina Grande. As inscrições podem ser feitas até a próxima quarta-feira (17), por meio do site do grupo.


Há vagas para monitor de atendimento, supervisor de operações, atendente de telemarketing bilíngue, auxiliar administrativo (para pessoa com deficiência), arquiteto de software Sr. (home office), desenvolvedor PI (home office) e desenvolvedor Sr. (home office).

Segundo a prefeitura, a oferta de vagas é fruto da renovação de uma parceria entre a empresa e o município. A intenção é que as vagas sejam preenchidas no prazo de até seis meses, porque o prédio da empresa está sendo expandido.

O processo seletivo deve ter pelo menos três etapas. A primeira delas é a inscrição, seguida pela entrevista e pelos testes necessários para cada cargo.

Todas as etapas da seleção acontecerão de no formato remoto, pela própria plataforma de inscrição. Os candidatos devem enviar o currículo atualizado pelo site da empresa.

Fonte: G1 PB

Dia Mundial do Rádio é celebrado neste sábado

Ondas eletromagnéticas ajudam na garantia de direitos e da democracia

Em todo país, circulam ondas eletromagnéticas que transmitem informações importantes para a garantia de direitos e para a democracia. Tais ondas podem ser decodificadas por pequenas caixas que podem funcionar apenas com pilhas. De tão relevantes, essas caixas têm, a elas, um dia que foi mundialmente reconhecido pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco): o Dia Mundial do Rádio, comemorado neste sábado, 13 de fevereiro.

O potencial comunicativo do rádio já foi comprovado em vários momentos ao longo da história. Em um deles, ocorrido em outubro de 1938, milhares de norte-americanos entraram em pânico ao ouvirem, na rádio CBS, o ator Orson Welles alertando sobre uma suposta invasão de marcianos.

Tratava-se apenas de um programa de teleteatro, uma versão radiofônica do livro A Guerra dos Mundos, de H.G Wells. Ao se dar conta do alvoroço entre a população, a emissora teve de interromper o programa para esclarecer o fato aos ouvintes que não haviam assistido a parte inicial da transmissão.

O mais democrático

O jornalista Valter Lima comanda, desde 1986, o programa Revista Brasil, da Rádio Nacional - Marcello Casal Jr/Agência Brasil

 “O rádio é, sem dúvida, o mais democrático de todos os meios de comunicação. Para desfrutar dele, não há necessidade de pagar internet, nem de ter energia elétrica. Basta ter pilha ou uma bateria”, argumenta o jornalista Valter Lima, âncora, desde 1986, de um dos programas radiofônicos mais longevos do Brasil: o Revista Brasil, da Rádio Nacional, veículo da Empresa Brasil de Comunicação (EBC).

O aspecto democrático que compõe a essência do rádio é também corroborado pela Unesco que instituiu a data de hoje, 13 de fevereiro, como o Dia Mundial do Rádio.

 “A estratégia da Unesco é a de fortalecer o rádio, que é o veículo mais essencial, principalmente nos muitos países onde, seja por conflitos, catástrofes ou por falta de estrutura, não há internet nem energia elétrica acessível para a população. Nesses casos é o rádio que consegue localizar e salvar vidas, justamente por conta da possibilidade de depender apenas de pilha para ser usado”, disse à Agência Brasil o coordenador de comunicação e informação da Unesco no Brasil, Adauto Cândido Soares.

Violência contra radialistas

Adauto Soares acrescenta que o interesse da Unesco em trabalhar neste campo da comunicação está relacionado à visão de que o acesso à informação é parte integrante do direito à comunicação. “Até porque, sabemos, quando um país tem sua democracia atacada, é o direito à comunicação o primeiro a ser silenciado.”

Segundo o coordenador da Unesco, que desenvolve também um trabalho de denúncia de violações de direitos humanos contra jornalistas, os radialistas são as maiores vítimas desse e de outros tipos de violação.

 “De um total de 56 jornalistas assassinados em todo o mundo em 2019, 34% atuavam no rádio; 25% em TV; 21% em mídia online; 13% em mídia impressa e 7% em plataformas mistas. Desse total, três mortes ocorreram no Brasil”, disse, citando números do levantamento Protect Journalists, Protect the Truth, publicado pela Unesco em 2020.

Novas tecnologias

A criatividade é uma das características que sempre acompanharam o rádio. Com a chegada de novas tecnologias, em especial, as ligadas à tecnologia da informação, o rádio manteve seu aspecto inovador e continua a se reinventar.

Presidente da Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert), Flávio Lara Resende lembra que muito se falou sobre a morte do rádio, com a chegada da TV. “Foi quando o rádio perdeu espaço. Mas não perdeu importância”, disse.

 “Se perdeu alguma importância após a chegada da TV, depois voltou a ganhar [importância] quando apareceram novas plataformas, e ele se reinventou, apresentando programações segmentadas, canais específicos de jornalismo herdados, influenciados e influenciadores da TV”, disse o presidente da Abert.

Rádio Nacional lança perfil na plataforma Spotify. Listas foram criadas com curadoria de radialistas das emissoras da EBC - Marcello Casal Jr/Agência Brasil

 “Hoje, com a internet, ouve-se a notícia radiofônica e vê-se os jornalistas que fazem a notícia. O rádio continua a ter grande importância e está aumentando cada vez mais, reinventando-se diariamente”, acrescentou.

Diante da necessidade de se reinventar constantemente, a Rádio Nacional lançou recentemente (no dia 10 de fevereiro, em meio às celebrações pelo Dia Mundial do Rádio) seu perfil na plataforma Spotify no qual o público pode ouvir – onde e quando quiser – “o melhor da música brasileira”. Para acessar o serviço, basta acessar as playlists “É Nacional no Spotify”.

Estatísticas

O Brasil registra 5,1 mil rádios comerciais, 700 educativas, 458 rádios públicas e 4,6 mil comunitárias, segundo o Ministério das Comunicações - Marcello Casal Jr/Agência Brasil

De acordo com o Ministério das Comunicações há, no Brasil, cerca de 5,1 mil rádios comerciais (3.499 na banda FM; e 1325 nas bandas AM, entre ondas médias, curtas e tropicais). Há, ainda, cerca de 700 rádios educativas; 458 rádios públicas; e 4.634 rádios comunitárias.

Na pesquisa Inside Radio, na qual são apresentados aspectos relativos a comportamento e hábitos de ouvintes de rádio, a Kantar Ibope Media constatou que o rádio é ouvido por 78% da população nas 13 regiões metropolitanas pesquisadas. Além disso, três a cada cinco ouvintes escutam rádio todos os dias. E, em média, cada ouvinte passa cerca de 4h41m por dia ouvindo rádio.

O levantamento avalia também questões relativas à adaptação do rádio à web, bem como novas formas de consumo de áudio, como podcasts e conteúdo on demand.

De acordo com a pesquisa, 81% dos ouvintes escutam rádio por meio de rádio comum; 23% pelo celular; 3% pelo computador; e 4% por meio de outros equipamentos, como tablets.

O crescimento que vem sendo observado na audiência via web demonstra, segundo a Kantar, “a grande capacidade de adaptação do rádio”. Segundo a pesquisa, 9% da população que vive nas 13 regiões metropolitanas pesquisadas ouviram rádio web nos últimos dias. O percentual é 38% maior do que o registrado no mesmo período de 2019.

Em um ano (entre 2019 e 2020), o tempo médio diário dedicado ao rádio via web aumentou em 15 minutos, passando de 2h40 para 2h55, diz a pesquisa. Além disso, 16% dos ouvintes pesquisados escutam rádio enquanto acessam a internet.

Os podcasts também têm ganhado popularidade. Entre os ouvintes de rádio que acessaram a internet durante a pandemia, 24% ouviram podcasts; 10% aumentaram o uso de podcasts; e 7% ouviram um podcast pela primeira vez.

As chamadas lives também registraram aumento de audiência durante a pandemia, com 75% dos entrevistados dizendo ter começado a assistir lives de shows a partir do início das medidas de isolamento social impostas pela pandemia de covid-19. Ainda segundo o levantamento da Kantar, 75% dos ouvintes de rádio disseram ouvir rádio "com a mesma intensidade, ou até mais", após as medidas e 17% disseram ouvir "muito mais" rádio após o isolamento.

Preocupação

Participação dos ouvintes é a essência do rádio, segundo o radialista da EBC Valter Lima.- Marcello Casal Jr/Agência Brasil

A associação do rádio com novas tecnologias, no entanto, deve ser vista com cautela, para não acabar inviabilizando o formato tradicional desse tão importante veículo. “Emissoras de rádio hoje são em rede, mas a do interior, com outra realidade, não tem essa capacidade de recurso para investimento, como as grandes redes estão fazendo, em especial, quando transformam rádio em uma nova espécie de televisão”, alerta o jornalista Valter Lima.

Segundo ele, ao condicionar o rádio à necessidade de contratação de serviços como o de internet, perde-se exatamente o aspecto democrático que esse veículo sempre teve. “Uma coisa que achatou o desenvolvimento do rádio, infelizmente, foi o fato de ele estar nas mãos de grupos poderosos que possuem também emissoras de televisão [e, em alguns casos, vendem também serviços de internet]. Isso causa um grande desequilíbrio porque, enquanto as TVs estão com equipamentos cada vez mais modernos, há, no interior do Brasil, muitas rádios ainda operando com equipamentos que já até deixaram de ser fabricados”, acrescenta.

Rádios comunitárias

O radialista destaca também o importante papel que as emissoras de rádio comunitárias têm para as regiões “ainda que pequenas” às quais prestam o serviço. Segundo ele, pela proximidade que têm com suas comunidades, essas rádios estão muito mais “antenadas”, com as necessidades locais, do que os grandes grupos de radiodifusão.

Entre os muitos desafios das rádios comunitárias, Valter Lima destaca a necessidade de elas saírem das amarras burocráticas impostas pela legislação.

 “É por causa disso que essas rádios, com serviços tão importantes para suas comunidades, não conseguem ir além daquele pedaço tão pequeno. Há também as dificuldades para conseguirem lucros mínimos, de forma a poderem investir e evoluir”, disse o jornalista.

Programas inteligentes

Valter Lima lembra que toda emissora de rádio precisa de ouvintes, e que, para alcançá-los, sempre teve de recorrer a programas inteligentes, criativos e, sobretudo, participativos.

 “O conceito de rádio não é o de ser apenas uma caixinha para ser ouvida quando ligada. Rádio precisa ter participação. Precisa ser um espaço para o público dar a sua opinião aos chamados ‘formadores de opinião’. A TV até dá algum espaço para isso, mas nada se compara ao rádio.”

Lara Resende, da Abert, também vê, na interatividade do rádio, um de seus grandes méritos. “A fidelização do ouvinte de rádio é muito interessante porque ele passa a achar que faz parte do programa. Hoje, inúmeras plataformas permitem comentários. Com isso, o rádio ficou ainda mais participativo”, disse.
Tempo real

Um outro aspecto acompanhou o rádio ao longo de sua história: a rapidez com que a notícia é dada, quase que simultaneamente ao fato noticiado. Anos depois, com a ajuda de equipamentos tecnológicos como celulares e internet móvel, outros veículos ganharam velocidade e deram a esse novo tipo de jornalismo veloz o nome de tempo real.

 “O rádio sempre foi e continua sendo o primeiro a dar a notícia. O furo é sempre do rádio. Essa é a nossa rotina. Enquanto o outro veículo está digitando texto ou preparando a transmissão nós já estamos no ar usando apenas um aparelho telefônico”, explica Valter Lima.

 “Antes do advento do celular, a notícia era dada por meio dos famosos orelhões. Os repórteres andavam com umas 20 fichas no bolso e um cadeado. Sim, um cadeado para travar o telefone, de forma a inviabilizar seu uso pelo concorrente”, lembra o radialista.


Fonte: Agencia Brasil
Edição: Lílian Beraldo