quarta-feira, 26 de outubro de 2022

HOMEM MORRE APÓS COLISÃO ENTRE DOIS VEÍCULO NA PE-177, EM SÃO JOÃO/PE


Um grave acidente na tarde desta quarta-feira (26), deixou um homem morto e outras pessoas feridas, na PE-177, no município de São João, no Agreste de Pernambuco.

Foi uma colisão frontal entre um Voyage e um HB20, pelos vestígios verificados no local um dos veículos realizou uma ultrapassagem e provocou o acidente.


O corpo de Bombeiros foi acionado para prestar socorro as vítimas junto com o SAMU, os feridos foram socorridos para o Hospital Regional Dom Moura.

O local do acidente foi periciado pelo Instituto de Criminalística e o corpo encaminhado para o Instituto de Medicina Legal (IML) de Caruaru.

Pensou pizza, pensou À Nordestina! - A melhor pizzaria do Polo de Confecções


Com o melhor cardápio de massas de toda a região, a Pizzaria À Nordestina é ponto de encontro para aqueles que apreciam uma bela refeição, em um ambiente confortável e aconchegante e neste final e ano é o lugar certo para você realizar a confraternização da sua empresa, com sua família e/ou com seus amigos.

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UM LIVRO PARA PRESERVAR A MEMÓRIA GRÁFICA DA ARQUITETURA DE OLINDA


Uma cidade com 487 anos, patrimônio da humanidade e construída entre colinas serviu de inspiração para o próximo lançamento da Companhia Editora de Pernambuco (Cepe): Memória Gráfica da Arquitetura de Olinda. O livro, escrito pela designer Renata Paes e que será lançado quinta-feira (27), às 19h, no Casbah, localizado no Sítio Histórico de Olinda, é uma publicação com múltiplas funções. Convida o leitor a fazer um passeio pelas ruas antigas, a apreciar azulejos, gradis, cobogós e ladrilhos do casario e a defender esse legado.


“Conhecer a memória gráfica da arquitetura de Olinda é um modo de salvaguardar o patrimônio, uma vez que o casario e seus artefatos decorativos representam uma parte relevante da sua memória visual”, escreve Renata Paes em trecho do livro. O título é um desdobramento do trabalho de conclusão de curso de design que ela apresentou em 2017, no Câmpus Agreste da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), para obtenção do diploma de ensino superior.


Inspirado nas treliças de madeira (muxarabis e gelosias) herdadas da cultura árabe, o cobogó passou a ser usado na cidade de Olinda a partir de 1935, em muros, varandas, fachadas, banheiros e cozinhas, informa a autora. É um anteparo contra o sol, sem impedir a passagem de luz e de vento. De acordo com Renata Paes, os azulejos cobrem fachadas de casas desde meados do século 19. Além da função decorativa, protegem o imóvel contra umidade e ajudam a diminuir a temperatura.


O ladrilho hidráulico, diz a pesquisadora, chegou a Pernambuco em meados de 1820 e ganhou adeptos por ter menor custo, se comparado aos pisos de pedra e ao mosaico tradicional. “Acredito que o resultado deste levantamento possa contribuir para que os moradores e visitantes criem uma cultura de preservação da cidade e, de posse dessas informações, se tornem também guardiões desses elementos”, ressalta.


A publicação traz textos dos arquitetos Antenor Vieira de Melo Filho e Nazaré Reis (os pais de Renata Paes), da designer e pesquisadora Fátima Finizola, do historiador e arqueólogo Plínio Victor e do pesquisador Rodrigo Édipo. Memória Gráfica da Arquitetura de Olinda é principalmente um livro de memórias afetivas da autora, que guiou o trabalho a partir das conversas que ouvia dos pais à mesa de refeições e dos passeios que fazia com a família pelo Sítio Histórico de Olinda e nas ruas antigas do Bairro do Recife.


ENTREVISTA COM RENATA PAES

Pergunta - O livro é um desdobramento do seu trabalho de conclusão de curso. Você já pensava em publicar o estudo quando fez a apresentação à banca?

Renata Paes - Não. As sugestões de publicação vieram após a banca. O resultado do meu trabalho de conclusão de curso foi um catálogo com 45 páginas, não imaginava que ele viria a se tornar um livro de quase 300 páginas. O livro literalmente dobrou a pesquisa, é quase um segundo trabalho de conclusão de curso, podemos dizer. Aprofundei a pesquisa, refiz os caminhos várias vezes com o objetivo de entrar em novas casas... foram quase dois anos até o conteúdo e as fotos estarem prontas. Uma coisa interessante é que neste meio do caminho, enquanto finalizava o livro, iniciei o mestrado em design na UFPE e estou em uma nova fase da pesquisa onde irei em busca dos mesmos elementos, só que na cidade do Recife.

Pergunta - Queria que você falasse sobre a importância de fazer o registro de gradil, cobogó, azulejo e ladrilho hidráulico em casas do Sítio Histórico de Olinda.

Renata Paes - Esses elementos fazem parte da memória afetiva dos moradores do Sítio Histórico de Olinda e representam uma parte relevante da memória visual da cidade. Acredito que a perspectiva do design nesta pesquisa, baseada nos conceitos de memória gráfica e memória afetiva, podem revelar ou acentuar valores destes elementos. Alguns moradores que viram as fotos iniciais, presentes no catálogo, reconheceram ali elementos que fizeram ou fazem parte da sua vida, como o piso da casa da avó, o azulejo da casa onde cresceu ou a grade da casa onde mora. Uma contribuição desses registros é que eles possam vir a se tornar um instrumento para salvaguardar esta memória afetiva da cidade, ajudando a preservar suas características arquitetônicas. Como dizia meu pai: "Só defendemos aquilo que conhecemos e nos afeiçoamos, por decorrência."

Pergunta - De que forma morar em Olinda e ser filha de arquitetos que trabalham/trabalhavam com a preservação do patrimônio histórico e arquitetônico contribuíram com o seu projeto?

Renata Paes - Meus pais despertaram o meu olhar para a arquitetura da cidade. Por serem arquitetos preservacionistas, tinham uma ligação de preocupação e afeto por ela. Meu pai me levava em longas caminhadas pela cidade e apontava cada detalhezinho do casario, desde o estuque de certa casa, feito por Mestre Lula e Caboclinho, até a preocupação pelas modificações irregulares que estavam aparecendo aos montes na cidade. Mainha, além de apontar os detalhes arquitetônicos, me trazia pro carnaval, me mostrava as árvores, as plantas e os pássaros. Eles viviam em eterna vigília e de olhos bem abertos para cada mínimo detalhe modificado na cidade. Acho que acabei crescendo com esse olhar já viciado, prestando atenção em todos esses detalhes. Enquanto designer, as formas e as expressões gráficas presentes nos ladrilhos, cobogós, gradis e azulejos me chamavam muita atenção. Acho que foi uma junção, sabe? Desse olhar tão treinado para arquitetura com um olhar de quase visitante, quando visto da perspectiva do design.

Pergunta - Qual impacto/efeito você espera, entre moradores de áreas históricas, com a publicação do livro?

Renata Paes - Que possa contribuir para que esses moradores criem uma cultura de preservação da cidade. Os elementos registrados no livro passam por um processo de degradação e esquecimento, em parte pelo descaso do poder público, mas também por modificações irregulares dos moradores. Acredito que ao criarmos uma relação de afeto com esses artefatos, é muito mais provável que queiramos preservá-los. Ao ressaltar a importância desses elementos na construção imagética da cidade, através de moradores e transeuntes, podemos protegê-los. Por fim, acredito que o resultado destes registros pode contribuir para que eles criem uma cultura de preservação da cidade e possam, de posse dessas informações, vir a se tornarem guardiões da riqueza desses elementos.

Serviço

O que: Lançamento do livro Memória Gráfica da Arquitetura de Olinda, em evento aberto ao público

Quando: 27 de outubro

Local: Casbah - Rua 27 de Janeiro, 7, Carmo, Olinda

Hora: 19h

Preço: R$ 105 (impresso) e R$ 42 (e-book)

Assessoria de Imprensa da Cepe: (81) 3183-2770

Roziane Fernandes: (81) 9.9748 6072/ roziane.fernandes@cepe.com.br

Carolina Botelho: (81) 9.8666-5106/ carolina.botelho@cepe.com.br

Jailson da Paz: (81) 9 9168-3484/ jailson.paz@cepe.com.br

Cleide Alves: (81) 9 9966-1916/ cleidealves@cepe.com.br


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