As obras da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Santa Cruz do Capibaribe no Agreste Setentrional de Pernambuco estão abandonadas. Conveniada pelos governos Municipal e Federal, os trabalhos começaram a ser realizados em janeiro de 2014 e deveriam ser concluídos em agosto do ano passado.
A reportagem do Agreste Notícia depois de ter recebido diversas denúncias esteve no local e constatou que a obra além de paralisada também se encontra completamente abandonada. Não existe nenhum isolamento e qualquer pessoa pode ter acesso ao interior da unidade que se encontra 90% concluída.
Uma das portas de vidros já foi quebrada pelos vândalos e o local é utilizado por usuários de drogas, servindo também como ponto de prostituição, já que não existe ninguém tomando de conta daquele empreendimento e populares informam que casais frequentam o local durante a noite.
Ainda segundo informações de populares, já foram saqueados vários materiais de construção que seriam utilizados para o termino da unidade. A obra orçada em R$ 1.200.000,03 (um milhão, duzentos mil e três centavos) já deveria estar em pleno funcionamento, porém não se tem ainda previsão para isso acontecer. A reportagem do Blog Agreste Notícia tentou entrar em contato com o secretário Municipal de Saúde, Breno Feitoza, porém não obtivemos êxito nas tentativas.
O Departamento de Comunicação da Prefeitura de Santa Cruz do Capibaribe informou que estar sendo aguardada a última parcela do repasse do Ministério da Saúde para a conclusão das obras, porém essa mesma parcela está atrasada a mais seis meses, aguardando apenas a liberação do Governo Federal.
A Prefeitura diz que não tem como estipular prazo para a inauguração da Unidade de Pronto Atendimento por que a conclusão depende do Governo Federal.
Também é aguardada a liberação de uma emenda parlamentar do deputado federal Bruno Araújo (PSDB) no valor de R$ 800.000,00 (oitocentos mil) que já se encontra empenhada e deve servira para a aquisição de equipamentos.
A Prefeitura informou ainda que aguarda também a liberação de uma emenda parlamentar do deputado estadual Diogo Moraes (PSB) no valor de R$ 300.000,00 (trezentos mil) que também será destinada a compra de equipamentos.
Por fim, a Prefeitura reconheceu que não existe nenhum isolamento das obras e justificou que a unidade foi alvo de vandalismo, porém foi feito um acordo para que a Guarda Civil Municipal (GCM) proteger o patrimônio, algo que não estar acontecendo.