O DESAPARECIMENTO
Quando parecia que o dia 12 de outubro de 2015 seria mais um feriado ,que poderíamos falar de doces, brincadeiras e de fé, uma tragédia já tinha acontecido em um dos cartões postais da cidade de Sumé no coração do cariri paraibano.
Eram dez horas da manhã quando recebemos a visita na recepção da rádio cidade da mãe de Everton Laudenice dos Santos Siqueira e do padrasto Daniel ,que buscava o apoio da rádio para divulgação do sumiço do Everton, na noite do domingo(11) quando ele ia para a casa da avô na vila dos chaves no bairro da várzea redonda e não teria chegado nem dormido na casa da avó.
Na conversa com o Daniel (Xana) ele narrava com tranquilidade o desaparecimento da criança, em alguns momentos mostrava aflição. A mãe Dinda quieta, parecia assustada e pouco falava.
Fizemos uma grande divulgação na Rádio Cidade, até o final da noite na emissora, com fotos em redes sociais , mobilizamos muitas pessoas que foram em busca do Everton, o Conselho Tutelar , Polícia Militar e Civil e nada de Everton.
O ENCONTRO DO CORPO DE EVERTON
Já era 13 de outubro, 5:45 h da manhã quando um ouvinte me liga e diz “Acharam o menino Jacquelline”, eu prontamente disse : “Graças á Deus, como ele está ,onde ele está agora? E do outro lado pude ouvir “Ele foi encontrado morto, esfaqueado....” Fiquei sem chão, meu mundo caiu, com mãe pensei em meu filho, em tantas coisa em milésimos de segundos que não sabia por onde começar a dizer aos meus milhares de ouvintes.
Os nossos repórteres foram deslocados para o local da desova do corpo de Everton e narravam a cena triste de uma tragédia que parecia anunciada, pois já sabíamos que Everton tinha chegado machucado na creche ,violência essa praticada por seu algozes (padrasto e mãe).Ao lado do corpo praticamente esquartejado estava o pênis de Everton decepado e espetado em uma vara.
AS PRISÕES
Em menos de uma hora, já estavam detidos na delegacia em Sumé Laudenice dos Santos Siqueira de 22 anos conhecida com Dinda que é a mãe de Everton, Joao Batista de Sousa que estava no local em que o corpo foi desovado, o padrasto Daniel Ferreira dos Santos, 31 anos, conhecido com Xana e Denivaldo Santos Silva ,de 37 anos conhecido como Paulistinha.
Os delegados Yure Givago, Paulo Ênio Rabelo ,o delegado Seccional João João ,agentes da Polícia Civicil ,Políicias Militares comandaram mais de 14 horas de investigação, depoimentos e diligências.
Por volta das 10 horas da noite do dia 13 os suspeitos foram transferidos para Monteiro. A investigação continuou durante o dia 14 na quarta feira pelos agenda da Polícia Civil ,e nesta mesma noite os quatro presos foram transferidos sob uma forte escolta policial para João Pessoa. Os três acusados ficaram no PB 1 e a mãe do Everton ficou no Presídio Bom Pastor.
O ASSASSINATO DE BATISTA
Era sexta feira (16) quando acordamos com a notícia da morte de João Batista que foi assassinado por Daniel Ferreira dos Santos, 31 anos dentro do PB1. Na mente diabólica de Xana, ele teria confessado que teria matado Everton e por isso foi morto por asfixia.
Com frieza e dissimulação Xana, acusava Batista da morte de Everton. As opiniões que ouvíamos das pessoas, dos radialistas que cobriram o fato pareciam que a verdade já estava bem próxima. Ninguém acreditava que Batista tinha assassinado Everton.
ELUCIDAÇÃO DO CASO
Ainda não eram 11 horas, quando já sabíamos que o pesadelo já tinha acabado. Foi quando anunciamos com exclusividade pelos microfones da Rádio Cidade que o crime do pequeno Everton que chocou o Brasil estava elucidado. Que os culpados seriam mesmo: Laudenice dos Santos Siqueira de 22 anos conhecida com Dinda que é a mãe de Everton o padrasto Daniel Ferreira dos Santos, 31 anos, conhecido com Xana e Denivaldo Santos Silva, de 37 anos conhecido como Paulistinha e Welligton Nogueira, de 41 anos conhecido com Etin ,natural de Serra Branca. Na sequencia entrevistas ao vivo e exclusivas com os delegados Dr. Rodrigo Monteiro e Dr. Paulo Rabelo os detalhes do crime macabro foi repassado para os nossos milhares de ouvintes. O acesso a nossa página (www.radiocidadesume.com.br) e no aplicativo foi tão grande que em muitos momentos o sistema travou e teve que ser reiniciado para que milhares de ouvintes em todo o Brasil pudesse ouvir o desfecho do caso que tirou o sossego da nossa querida Sumé.
OS DETALHES DO CRIME O RELATO DOS ASSASSINOS
Com a prisão do Etinho que está em Caruaru-Pe, muita coisa foi esclarecida da macabra noite de 11 de outubro no boqueirão em Sumé. Etinho informou em depoimento que no local do crime estavam : Laudenice dos Santos Siqueira de 22 anos conhecida com Dinda que é a mãe de Everton o padrasto Daniel Ferreira dos Santos, 31 anos, conhecido com Xana e Denivaldo Santos Silva, de 37 anos conhecido como Paulistinha e ele Welligton Soares Nogueira. Ele narra que quem desferiu os golpes foi Paulistinha e Xana que ele apenas ficou observando tudo. Conta que realmente tudo foi feito pelos dois e a mãe observa. Etinho conta que o padastro, Paulistinha ,levaram a criança ao boqueirão e a mãe Dinda chegou em seguida e já postos para o “ritual” aplicaram os golpes. A mãe assistia tudo e no final teria levado o sangue do filho em um balde preto para casa. Etinho disse ainda que o corpo ficou no boqueirão, e na madrugada da segunda para terça levaram para o local onde foi encontrado. Segundo o Etin a ideia do crime foi de Paulistinha e do Xana. Etin afirma ainda que tudo aconteceu após as 18 horas o crime foi cometido. Segundo ele a mãe teria dado aval para que a morte da criança acontecesse. Etin disse que é frequentador de terreiros de macumba e que todos que cometeram o crime também.
Etin ainda esclareceu que o Xana forjou a participação de Batista e teria atraído ele para o local onde estava o corpo de Everton para que ele juntamente com Xana levasse o corpo dali em um saco. Etin categoricamente que realizou um ritual com a criança, e que inclusive seria duas crianças. Everton e sua irmã de 8 anos também iria ser sacrificada. A irmã só não foi morta também porque correu para a casa da avó.
Em depoimento ele declarou que quem degolou Everton foi o Paulistinha que desferiu o golpe na altura do pescoço que o sangrou, em seguida Xana fez os demais cortes.
Etin até a publicação dessa matéria está preso na cidade de Monteiro.
RETIRADA DE ÓRGÃOS
Etin ainda confirmou que foram retirados órgãos da criança a exemplo do pedaço do fígado e de um olho, fato esse que deverá ser confirmado pelo laudos periciais que deverá ser entregue a Polícia, nesta terça ou quarta feira da semana que vem.
Uma maquita estava no local do crime, mas Etin disse que ela não foi usada. Informalmente ele informou ao Delegado Dr. Paulo Rabelo, que um trabalho desses, tem um valor estimado em 10 mil reais.
PENA PREVISTA
O crime é homicídio duplamente qualificado a pena vai de 12 a 30 anos de reclusão. Houve também uma associação criminosa para o cometimento de crime hediondo.
PERFIL DOS ASSASSINATOS
Os envolvidos são qualificados com sendo pessoas de alta periculosidade, frieza e crueldade. O crime foi planejado para que os fatos reais não aparecessem.
DEPOIMENTO DA MÃE DEPOIS DA CONFISSÃO DE ETIN
A Laudenice dos Santos, mãe de Everton foi ouvida no Presidio Feminino Júlia Maranhão logo após a confissão de Etin, afirmou que Xana avisou que mataria ela e o Everton e que sabia que o filho seria morto. Que não avisou a Polícia o que aconteceu porque Xana a ameaçou de morte.
Dinda afirmou ainda que Xana não dormiu em casa nem na noite de domingo para segunda nem de segunda para terça e que foi durante a bebedeira no açude público no domingo que o crime foi todo combinado por Paulistinha e Xana. Declarou ainda que Xana e Paulistinha fumam sempre crack juntos.A mãe ainda conta que estava no local do crime e que antes de ser golpeado Everton gritou várias vezes pedindo socorro à mãe e que ela não deixassem que fizessem aquilo com ele.
A mãe com toda frieza, afirmou ainda que o filho ficou ciscando e que Paulistinha segurou a vítima de forma que o sangue caísse todo na bacia. Que teria sido Xana que decepou o pênis de Everton com o golpe no tórax.
Quando ela fala de Etin no cenário do crime cruel ela diz que ele observa tudo “rindo”.Que supõe que Etin seja o pai de santo que teria determinado o cometimento do crime. Que após o crime o cadáver da criança foi lavado e que as armas usadas para o crime : foice, faca e bacia foram levados para o boqueirão por Paulistinha. A mãe ainda confirma que os dois filhos Everton e Evelyn iriam para o sacrifício e que a menina fugiu para a casa da avó por isso escapou de ser morta.
Ela ainda declarou que não sabe se sua mãe tem envolvimento, mas sabe que ela é frequentadora de terreiros de umbanda.
A mãe Dinda, destacou que disse que foi Batista que cometeu o crime ,porque foi mandada por Xana e Paulistinha porque se não dissesse morreria também.
Laudenice concluiu o seu depoimento ao Delegado Dr. Yure Givago relatando que o sangue do menino não seria bebido e sim ofertado mas não sabia a quem.
PRÓXIMOS CAPÍTULOS
A Polícia agora dentro do prazo de 30 dias para a conclusão do inquérito trabalha para descobrir para onde foi principalmente o sangue do Everton e possivelmente o pedaço do fígado e um olho que foram retirados conforme depoimento do Etin.
A Polícia Civil através das equipes comandadas pelos Delegados João Joaldo, Yure Givaldo, Paulo Rabelo e Gilson Duarte fizeram um grande trabalho de investigação que merece os nossos aplausos. Além dos Policiais Militares a participação da população foi fundamental para se chegar a conclusão desse bárbaro crime.
O que fica é a certeza de que jamais vamos esquecer o que aconteceu com o Éverton e que daqui prá frente a história dos nossos pequeninos carentes e com “mães” irresponsáveis ,insensíveis ,violentas e desequilibradas sejam refeitas por outras Mães que sabem o valor desse amor tão forte e verdadeiro.
Fonte: Jaqueline oliveira