sexta-feira, 28 de maio de 2010

Armando Monteiro diz que calor das urnas ajuda retomada de reformas estruturais

O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Armando Monteiro, disse na tarde desta quinta-feira (27), ao receber na Assembléia Legislativa de Minas Gerais o título de cidadão honorário mineiro, que “o calor das urnas” cria as condições necessárias para o próximo presidente da República retomar imediatamente as reformas tributária e trabalhista, que exigem mudanças na Constituição.

Segundo ele, o futuro presidente da República não pode perder tempo em retomar as reformas macroeconômicas, como a tributária e a trabalhista. “Não é fácil, mas é viável, desde que haja forte liderança e determinação política. São ações que exigem um grau de mobilização bem mais ao alcance de um governo em início de mandato, sob o impulso do calor das urnas e eleitoralmente capitalizado”, enfatizou.

Mais cedo, ao receber do governador Antonio Anastasia, no Palácio da Liberdade, sede do governo mineiro, na presença do ex-governador Aécio Neves, a Medalha da Inconfidência, Armando Monteiro defendeu a necessidade do próximo governo não apenas retomar as reformas macroeconômicas, mas também as microeconômicas, como a modernização dos portos.

“O país precisa retomar a agenda das reformas. As macro-reformas, como a tributária, a política, a da Previdência, a trabalhista, têm impacto mais horizontal e maior efeito sobre o crescimento. As micro-reformas, igualmente importantes, podem ter impacto sobre a competitividade das empresas e o desenvolvimento setorial”, assinalou o presidente da CNI no Palácio da Liberdade.

Armando Monteiro disse que as dificuldades da União Européia, com os problemas econômicos da Grécia, e as dos Estados Unidos demonstram que a crise de 2008 foi superada apenas parcialmente, exigindo, no Brasil, que se aprofunde o diálogo entre o governo e o empresariado. “É importante estreitar as relações entre governo e iniciativa privada, de modo a encontrar saídas criativas e eficazes para este período de pós-crise”, declarou.

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