Pelas Mãos de Lula
Cynara Menezes
Há oito anos, Pernambuco, estado natal de Lula, vem se transformando num reduto digno de ficção científica: a terra dos que não se opõem. Hay gobierno, soy a favor, bradam, invertendo a máxima, os pernambucanos, em relação ao presidente e ao governador Eduardo Campos, do PSB. O governo federal conta com nada menos que 95% de aprovação, recorde em relação ao índice nacional, atualmente na casa dos 85%.
Campos conseguiu o feito de enfrentar somente dois deputados estaduais na Assembléia – um do DEM e outro do PSDB – assumidamente contrários à sua gestão em quatro anos de mandato.
Já há quem diga que o desafio dos partidos oposicionistas no Brasil é evitar, em nível nacional, o mesmo fenômeno de Pernambuco: uma oposição esfacelada e sem projeto próprio, cuja única estratégia eleitoral tem sido a de confundir o eleitor, fazendo-se passar por situação.
“Há uma desagregação muito grande na oposição”, analisa a cientista política Lúcia Avelar, da Universidade de Brasília. “Ao mesmo tempo em que o DEM está desprotegido, abandonado, o PSDB não deixa claro seu projeto, nem o dito neoliberal nem nenhum outro.”
* Acompanhe a íntegra da reportagem na edição impressa que circula nas bancas de todo País e confira a entrevista do Prefeito Toinho do Pará.
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