sexta-feira, 20 de maio de 2011

O dinheiro marcado de vermelho deve ser rejeitado

As instituições financeiras, para se protegerem dos roubos, acabaram criando um problema para o Banco Central. Em nota, o BC recomendou que, a partir dessa quinta-feira (19), a população e o comércio não recebam notas manchadas de tinta vermelha. A iniciativa do BC busca combater a circulação de dinheiro furtado. Com o aumento expressivo de ataques a caixas eletrônicos, os bancos estão instalando dispositivos antifurto, que derramam tinta no momento da explosão. No entanto, mesmo marcadas, essas cédulas têm sido encontradas no varejo. Muitos estabelecimentos também as aceitam sem questionar.

Em resposta às dúvidas da população sobre o destino desse dinheiro, a autoridade monetária informou que toda cédula que contiver marcas, rabiscos, símbolos ou desenhos deve ser depositada ou trocada em estabelecimento bancário. O chefe do Departamento do Meio Circulante do BC, João Sidney de Figueiredo Filho, explicou que esse procedimento já era previsto na Lei nº 8.697, de 1993. Segundo ele, agora, os bancos devem recolher a cédula manchada e entregar um recibo ao cidadão. O dinheiro será encaminhado ao Banco Central que, após análise, poderá destruí-lo. Depois desse processo, se a nota for legítima, o consumidor será ressarcido por uma outra em condições de uso.

O objetivo é, além de diminuir os prejuízos financeiros, desestimular novos ataques, já que essas cédulas vão sair de circulação. De acordo com Figueiredo Filho, embora não seja papel do Banco Central normatizar as medidas de segurança tomadas pela rede bancária, diante dos problemas, a instituição vai regulamentar nos próximos dias os procedimentos que deverão ser adotados nos casos das notas que forem danificadas por sistemas antifurto, seja ele qual for. A norma do BC deverá abranger desde regras para a retenção e o recolhimento, passando pelo tempo para o ressarcimento ao cidadão desavisado, até o encaminhamento do dinheiro ao departamento do BC que controla e distribui as cédulas. “Nota danificada pelo sistema de segurança do mercado é algo novo. Vamos ter de tratar disso”, ressaltou.

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