quarta-feira, 15 de maio de 2013

Coluna da quarta-feira


       Vetado ou descartado?
O ex-governador João Lyra Neto nunca mais tratou publicamente da sua transferência do PDT para o PSB. Há 90 dias, no ápice da sua briga provinciana com o prefeito de Caruaru, José Queiroz, Lyra havia sinalizado um grande ato para os próximos 30 dias.
Não marcou a data, é verdade, mas passou a impressão de que faltavam apenas pequenos detalhes para montar a engenharia política. O tempo passou e nada! O que aconteceu?
Um passarinho formoso que canta com esplendor e maestria nos jardins do Palácio das Princesas vazou uma marola: a de que teria sido vetado para não complicar Eduardo Campos no plano nacional com o PDT.
É sabido que o governador, que faz malabarismo para arregimentar apoios partidários, também sonha no engajamento do PDT. A voz mais entusiástica por uma aliança PSB-PDT é o senador Cristovam Buarque (DF), que já chegou a admitir ser vice, caso houvesse necessidade.
Mas em relação ao affair João Lyra o buraco é mais embaixo. Diante da movimentação do vice, que tem procurado as principais lideranças da coligação governista, como Armando Monteiro e Inocêncio Oliveira, o governador teria se assustado, achando que fora ao pote com muita sede.
Ao não promover o seu ingresso no PSB o que se conclui, consequentemente, é que, mesmo assumindo o Governo por noves meses sem mudar de partido, Lyra seria carta fora do barulho para a disputa majoritária.  
O vice-governador já foi mais poderoso na primeira gestão de Eduardo, quando acumulou a função de secretário de Saúde. Teve um papel relevante na engrenagem dos três novos hospitais e na criação das UPAS.
De lá para cá, entretanto, tem cumprido apenas a obrigação constitucional de assumir o Governo na ausência do chefe. E só! Se conseguir, ao contrário do que se ouve nos bastidores, ingressar no PSB, certamente reverterá o processo de queimação do seu nome para uma alternativa majoritária em 2014. Agora, aguardar o tempo, que é o senhor da razão.
MÃOS PETISTAS – Quem espalha a versão na mídia nacional de que o governador Eduardo Campos teria desistido do seu projeto presidencial é o PT. Que também municia os jornalões do Sudeste para uma agenda negativa em Pernambuco. Interlocutores de Eduardo, entretanto, garantem que ele é candidatíssimo. Tanto que, no Recife, recebeu dois presidentes nacionais de partido – PSD e PRB – e amanhã fará palestra para empresários de Santa Catarina, em Joinville.
Modelo equivocado - Ex-presidente da Amupe, o prefeito de Panelas, Sérgio Miranda (PTB), não deu o ar da sua graça no protesto dos prefeitos pernambucanos. Discordou do modelo adotado pelo presidente José Patriota, porque, no seu entender, o fórum foi inadequado e não contou com o principal: a participação efetiva da população.


 Sinalização de apoio - O presidente do PSD, Gilberto Kassab, veio dizer, ontem, ao governador Eduardo Campos, que não assumiu compromisso com a reeleição de Dilma, mesmo passando a contar com o Ministério da Micro Empresa. Ressaltou que é agradecido ao governador pelo papel que exerceu na formulação e oficialização do PSD, desde a coleta de assinaturas à filiação de parlamentares.
Obra retomada - O ministro Fernando Bezerra (Integração) anunciou que concluiu a licitação de mais dois trechos da transposição do São Francisco, abrindo oportunidade para 1,5 mil trabalhadores em frentes nos municípios pernambucanos de Floresta, Betânia e Custódia. O consórcio vencedor é formado pelas empresas S.A. Paulista e Somague. O contrato é de R$ 467, 4 milhões.
Bafômetro na Câmara - Em Passira, o vereador Antônio Luiz da Silva (PSDB) propôs, ontem, uma medida inusitada e radical para moralizar os trabalhos na Casa: o teste do bafômetro. Segundo o parlamentar, vários colegas têm aparecido para cumprir a agenda de sessões tão embriagados que chamam urubu de meu louro. Se a moda pega, hein?



CURTAS
PETROLINA– Na sessão da Câmara de Vereadores de Petrolina de ontem, os servidores exibiram com gráficos a real situação de penúria em que vivem e pediram apoio dos parlamentares para a greve desencadeada. O movimento está radicalizado, porque o que o prefeito Júlio Lóssio (PMDB) sinaliza não atende à categoria.
NO BREJO– Em Brejo da Madre de Deus, o candidato a prefeito apoiado pelo prefeito cassado será o vereador Hilário Paulo (PSDC), tendo como vice a também vereadora Maria José do Tambor (PDT). Já a oposição disputa com o ex-prefeito Roberto Asfora (PSDB). A eleição está marcada para o próximo dia 7 de julho.
Perguntar não ofende: A bagatela de R$ 1 bilhão para aprovar a MP dos Portos com emendas parlamentares é um novo mensalão?
Escrito por Magno Martins,

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