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Do Blog do Fernando Rodrigues
Chegou a hora de a presidente Dilma Rousseff experimentar para valer a
antipatia que construiu laboriosamente nos últimos dois anos e meio entre
deputados e senadores. A queda de 27 pontos em sua
popularidade, medida pelo Datafolha, será sentida
agora a cada necessidade de negociação.
Na relação com os congressistas, presidentes da República são temidos
ou admirados. Às vezes, raramente, as duas coisas. Dilma era sempre muito
temida até maio passado, pois tinha a popularidade mais alta entre todos os
ocupantes do Palácio do Planalto pós-ditadura nesta fase do primeiro mandato.
Do alto de sua aprovação popular, a petista acostumou-se a agir de
forma imperial. Não dava entrevistas, exceto para a mídia amiga com quem
podia opinar sobre novelas e culinária.
Até agora, foi fácil se comportar como um Emílio Garrastazu Médici
sentado dentro do Planalto, ouvindo o jogo da seleção brasileira pelo rádio e
olhando com desdém para o Congresso, do outro lado da Praça dos Três Poderes.
Agora, com uma aprovação mais próxima da de João Figueiredo, o cenário ganha
em complexidade.
Políticos são pragmáticos. Não gostam de arranjar briga com uma
presidente da República que é bem avaliada e ruma para a reeleição.
Na nova conjuntura em formação, entretanto, o poder da presidente
tende a derreter momentaneamente dentro do Congresso. Ela poderia compensar
essa perda de popularidade com as relações pessoais e políticas. Ocorre que
essas relações sempre foram muito tímidas ou inexistentes, por decisão da
própria Dilma. Continue lendo aqui
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domingo, 30 de junho de 2013
Influência de Dilma tende a derreter no Congresso
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