domingo, 8 de junho de 2014

3ª Edição da - História do Whisky.

C  U  R  I  O  S  I  D  A  D  E
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HISTÓRIA DO WHISKY

Continuação - História do Whisky:

Em 1505, foi outorgado à Associação de Cirurgiões Barbeiros de Edimburgo, hoje o Royal College de Médicos, o monopólio para a produção de equa vitae para uso medicinal.  No início do século 16, era comum a instauração de processos por infração da licença, tendo em vista, o whisky ter se tornado uma bebida popular. O primeiro imposto de que se tem registro sobre a bebida, foi adotado em 1644, e, a operação das destilarias comerciais era vista como normal no final do século 17.

A produção aumentou no século 18, principalmente quando a “lei do gim” de 1736  determinado um imposto sobre o gim que não se aplicava no Whisky.  Foi no início do século 17 (1708) que o termo “uisge beatha” sofreu alterações no nome, primeiro para “wiskie”, depois para “usky” e, por fim, para “whisky”.

No século 18 a maioria das fazendas na Escócia tinham sua própria destilaria, que geralmente destilavam o whisky para consumo próprio. Mas, os arrendatários de fazendas passaram a destilar em tempo integral, usando destiladores portáteis de cerca de 10 galões de capacidade. O whisky era feito artesanalmente em depressões às margens de riachos, em encostas de colinas, em choupanas temporárias e cavernas e até em cômodos secretos dentro de casas. Em 1779, a fiscalização aumentou e o tamanho dos alambiques particulares foram reduzidos de 10 para 2 galões, e agentes do departamento de impostos tinham autoridade para confiscar e destruir alambique maiores. Logo depois, em 1781, foi proibida a destilação particular, com isso,  estabelecendo mais firmemente os produtores comerciais.

Três anos depois, a “lei do espírito” fixou impostos mais baixos a norte da Highland Line para incentivar as destilarias ilícitas nas Highlands (Terras Altas) a se legalizarem.  E ficou determinado que cada destilaria só poderia operar com um alambique de até 20 galões e taxadas a uma libra por galão de capacidade por ano.  Isso causou um ligeiro crescimento de destilarias licenciadas nas Highlands. Em 1785, foi promulgada uma lei, proibindo a exportação de whisky das Highlands.  Com essa medida,  houve um crescimento considerável de destilarias legalizadas nas Lowlands (Terras Baixas), que, mesmo pagando impostos mais elevados, saiam na vantagem de vender exclusivamente seus whiskies nas cidades escocesas e na Inglaterra.

Em 1822, o rei Jorge IV participou em Edimburgo de uma festa de gala organizada por sir Walter Scott. O rei afirmou que um whisky de malte de contrabando chamado Glenlivet era o seu favorito e decretou que fosse usado para o brinde de lealdade.

O consumo do Glenlivet teve um aumento assustador que logo foi solicitado o fornecimento extra dele das Highlands.  Elizabeth Grant, descreveu o Glenlivet como “whisky há muito tempo na madeira... ameno como leite e com o verdadeiro toque de contrabando”.  Essa torna-se a referência mais antiga aos efeitos benéficos da maturação de whiskies em tonéis.  Também mostrou a diferença de sabor entre o whisky das Highlands (i.e. contrabando) e das Terras Baixas. A maturação de whisky em tonéis era uma prática de classe alta da época, já a maioria do “uisge beatha” continuava ser consumida diretamente do destilador. A maior parte devia ser amarga, pois era comum acrescentar-se mel, ervas e especiarias para torná-la tragável e tomá-la em ponches de frutas e como também, em bebidas quentes.

Em 1848, a jovem rainha Vitória e o príncipe Albert em excursão pela Escócia, visitaram muitas cidades e vilarejos, e dessas visitas adquiriram o gosto pelo whisky. O Castelo Balmoral tornou-se sua residência de verão e assim permaneceu para a maioria da família real que se seguiu, incluindo a rainha Elizabeth II.  No início das caçadas da rainha Vitória em Royal Deeside, cada convidado era presenteado com uma garrafa de whisky. A rainha Vitória determinou que os coches reais sempre deveriam viajar com uma garrafa de whisky debaixo do assento do cocheiro, para uso em caso de emergências.

Tino Lopes
Administrador de empresas
Relações Públicas
MBA em Pessoas e Finanças
Pós-Graduado em Gestão Pública
Extensão em Arranjos Produtivos na Área de Confecções
Comunicador de Rádio
Pesquisador


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