sábado, 9 de agosto de 2014

Plantão da Fusam não pode ocorrer com apenas um médico, diz Cremepe

Do G1 Caruaru

Neste sábado (9), apenas um profissional esteve de plantão no Hospital Maternidade Jesus Nazereno, mais conhecido por Fusam, em Caruaru, no Agreste. A informação é do diretor do Sindicato dos Médicos de Pernambuco (Simepe), Paulo Maciel. "O Simepe fez o contato com o Cremepe [Conselho Regional de Medicina de Pernambuco], que por sua vez fez contato com a Secretaria Estadual de Saúde, e conseguimos com isso, bloquear esses pacientes que vêm de aporte [aqueles vindos de outras unidades]. O Hospital Jesus Nazareno só tem um médico de plantão e não tem condições sequer de atender a demanda espontânea. Logicamente se chegar um paciente numa situação de risco, ele vai atender de qualquer maneira. Mesmo sobrecarregando as funções dele", explica.
Hospital Maternidade Jesus Nazareno, em Caruaru, Pernambuco (Foto: Reprodução/ TV Asa Branca)Hospital Maternidade Jesus Nazareno, em Caruaru
(Foto: Reprodução/ TV Asa Branca)
Para o delegado do Cremepe, Jamerson Lima, os médicos estão deixando os plantões do fim de semana por falta de consenso com a Secretaria Estadual de Saúde. "A maternidade está com esse impasse com os plantonistas devido a várias reivindicações dos obstretas. Desde atraso de salário à falta de estrutura de trabalho. O Cremepe tem a função de fiscalizar. Tendo só um médico, o plantão está fechado. Enquanto não tiver o número satisfatório de médicos para prestar atendimento à população, mantém-se fechado", afirma na reportagem exibida no ABTV 2ª Edição.
Por telefone, a assessoria de imprensa da Secretaria Estadual de Saúde informou que os dois plantonistas estariam atendendo as pacientes internadas no hospital. Para este domingo (10), o departamento infomou que a unidade de saúde terá apenas um plantonista.
No dia 2 de agosto, o Hospital Maternidade Jesus Nazareno estava sem médicos plantonistas. De acordo com o Sindicato dos Médicos de Pernambuco (Simepe), eles estariam trabalhando aos sábados e domingos sem remuneração paga em dia, então, optaram por desistir destes horários.