quinta-feira, 11 de setembro de 2014

Mendonça Filho alerta que dados de sigilo bancário e enviados a CPMI da Petrobras estão incompletos

Líder cobrou providências junto aos bancos responsáveis pelas informações. Dados enviados impossibilitam investigação precisa de contas de Alberto Youssef e Paulo Roberto Costa.

O líder do Democratas na Câmara dos Deputados, Mendonça Filho (PE), alertou nesta quarta-feira (10/9) que documentos referentes a quebras de sigilos bancários enviados a CPMI da Petrobras estão incompletos impossibilitando a apuração do fluxo financeiro de pessoas investigadas pela operação Lava Jato.

São dados como a origem e o destino de recursos que passaram pelas contas do ex-diretor da estatal, Paulo Roberto da Costa e do doleiro Alberto Youssef. Hoje, durante sessão da comissão, o deputado fez uma reclamação ao presidente da CPMI para que cobre aos bancos responsáveis por essas informações bem como ao Banco Central a remessa completa das informações.

“A movimentação de recursos é enorme e precisamos dessa informação para avaliar como o governo circulou nesse nebuloso e sério caso de corrupção envolvendo a Petrobras. É fundamental para a investigação que a gente tenha o destino e que caminho o dinheiro percorreu nas contas daqueles que participaram desse processo de corrupção envolvendo a Petrobras. Como vieram os documentos estão incompletos, imprecisos e, infelizmente, impossibilita a investigação como deve ser feita”, explicou o líder do partido.

“É surpreende que depois de um processo longo para se criar a CPMI, coloca-la em funcionamento os bancos não tenham fornecido adequadamente dados bancários que possibilitem a identificação do fluxo financeiro dos recursos que circularam nas contas que estão sendo investigadas”, completou.

Mendonça Filho ainda reforçou que é a fundamental a vinda de Paulo Roberto Costa a CPMI.

“É fundamental que o Congresso acompanhe de perto o andamento do processo da operação Lava Jato e a testemunha-chave que está no meio de todo esse escândalo envolvendo a Petrobras é o Paulo Roberto Costa, que virou delator. Então, é essencial que o Congresso possa trazê-lo a CPMI e, com a sua participação, possamos esclarecer boa parte dos fatos nebulosos e criminosos que estão sendo noticiados pela imprensa nacional”, disse.

Sobre o compartilhamento do depoimento de Costa, o democrata lembrou que a CPMI tem autoridade judicial respaldada pela Constituição para ter acesso a essas informações reforçada pelo ofício do ministro do STF, Teori Zavascki enviado hoje a comissão autorizando o envio dos autos da processo da Lava Jato.