terça-feira, 4 de novembro de 2014

Surubim Notícia: Falta de chuvas afeta o abastecimento da Barragem de Jacazinho


Os reservatórios do Interior do Estado estão sob a ameaça de colapso caso não chova o suficiente nos primeiros meses de 2015. Segundo a Agência Pernambucana de Águas de Clima (Apac), o Sertão está com 11% da capacidade. Já no Agreste o volume é de 28%. A situação ainda é confortável no Recife, Região Metropolitana e Zona da Mata, onde o índice chega a 53%. O baixo percentual nas cidades sertanejas e agrestinas vem imprimindo racionamentos de água severos às populações há pelo menos três anos - período em que se agravou a estiagem do semiárido.

As grandes barragens que estão localizadas no Sertão e no Agreste amargam período de seca que se agravou em 2011. Operando no vermelho, com os piores índices estão as barragens que compõem a bacia Hidrográfica do Pajeú. O boletim de monitoramento da Apac do dia 27 deste mês mostra que o reservatório Rosário, em Iguaracy, está com 10,3% da sua capacidade. Na de Chinelo, em Carnaíba, o índice é de 10,8%. A de São José II, no município de São José do Egito, o volume é de 14,9%. E em de Brotas, que fica em Afogados da Ingazeira, só chega a 24%. Outras grandes barragens como Jucazinho, em Surubim, e Carpina, em Lagoa do Carro, também enfrentam problemas. Na primeira o volume está em 16,8% e na segunda em 19,4%.

Os baixos índices de acúmulo água têm imposto grandes sacrifícios à população. Em Santa Cruz do Capibaribe, no Agreste, o rodízio no abastecimento é de 28 dias sem água para dois com água. Na mesma região, Toritama enfrenta racionamento de 12 sem por dois com água. Itapetim, Pedra, Monte Orebe (distrito de Dormentes), Rancharia (distrito de Araripina) e Venturosa, no Sertão, nem isso. Todos só recebem água de carro-pipa.

“Sem chuva suficiente para repor a água, os reservatórios vêm secando paulatinamente”, explicou o gerente de monitoramento e fiscalização de recursos hídricos da Apac, Klênio Torres. Segundo ele, os reservatórios no Estado têm condições de aguentar até dois anos de estiagem, mas a seca já se arrasta por quase quatro anos. Outro fato que complica a situação das barragens do Interior é a ausência de vazão da água dos rios, diferentemente do que acontece com os reservatórios que abastecem a capital, Região Metropolitana e Zona da Mata.