domingo, 12 de abril de 2015

Pedro Corrêa deixa o Centro de Ressocialização do Agreste, em PE


O ex-deputado Pedro Corrêa (PP-PE) deixou o Centro de Ressocialização do Agreste (CRA), emCanhotinho, Pernambuco, por volta das 14h30 deste domingo (12). O político recebeu um mandado de prisão na 11ª fase da Operação Lava Jato, deflagrada na sexta-feira (10), e voltada para crimes na Caixa Econômica Federal (CEF) e no Ministério da Saúde.

Ele saiu em uma van escoltado por policiais do Grupo de Operações de Segurança da Seres (GOS). Outro veículo do Sistema Penitenciário do estado acompanha o trajeto. Atualmente, o ex-deputado cumpre pena em regime semiaberto por condenação no processo do mensalão.

Corrêa será levado para o Centro de Observação e Triagem Professor Everardo Luna (Cotel), em Abreu e Lima, na Região Metropolitana. Lá, o político passará a noite e, na manhã da segunda-feira (13), será levado por agentes da Polícia Federal para o Aeroporto Internacional do Recife, onde embarca para Curitiba (PR).

Transferência

O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou na sexta-feira (10) a transferência do ex-parlamentar para a carceragem da Polícia Federal em Curitiba.

Nas investigações sobre o esquema de corrupção na Petrobras, ele teve o nome citado pelo ex-diretor da estatal Paulo Roberto Costa,como recebedor de propina de R$ 5,3 milhões.

O pedido de transferência foi encaminhado ao ministro Luís Roberto Barroso, responsável pelas execuções penais do presos no processo do mensalão. No mandado de prisão preventiva – cujo prazo é indefinido e visa prevenir a ocorrência de novos crimes – o juiz Sergio Moro, responsável pelos processos relacionados à Operação Lava Jato no Paraná, autoriza o uso de algemas caso os policiais considerem necessário.

Pedro Corrêa foi condenado a 7 anos e 2 meses de prisão no processo do mensalão por recebido dinheiro em troca de apoio político no Congresso ao governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Ele se entregou à PF em Brasília em dezembro de 2013 e transferido no mesmo mês para Recife. Em abril do ano passado, ele foi autorizado a trabalhar fora do presídio como médico, mas depois passou a trabalhar na cocheira no Centro de Ressocialização do Agreste, em Canhotinho, a 210 quilômetros do Recife.

No mês passado, o Fantástico mostrou que a cela do ex-deputado conta com banheiro individual, TV de tela plana, DVD, ventilador e fogão com botijão de gás. A defesa dele chegou a pedir redução da pena por trabalho e estudo, mas o juiz responsável pela execução da pena negou, apontando suspeitas sobre se realmente cumpriu as jornadas.

No caso da Lava Jato, Paulo Roberto Costa disse que dinheiro oriundo de propina foi repassado ao ex-deputado no primeiro semestre de 2010 para abastecer sua campanha eleitoral.

Quando as declarações de Costa se tornaram públicas, o advogado do ex-deputado, Clóvis Corrêa, disse que desconhecia o recebimento de qualquer quantia em dinheiro para o financiamento de campanha de seu cliente.

Na ultima sexta, a PF disse que ele continuou recebendo uma espécie de "mesada" mesmo após ter tido o mandato cassado na Câmara dos Deputados em 2012. Alguns pagamentos, de acordo com a Polícia Federal, foram feitos pelo doleiro Alberto Youssef.

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