terça-feira, 23 de agosto de 2016

Eleições 2016


“Sinto-me preparadíssimo para assumir a prefeitura”, diz Rodolfo Aragão, abrindo série de entrevistas

Fotos: Thonny Hill do Blog do Ney Lima

Estudante de história na Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), ex-aliado político de dois, dos três concorrentes para o pleito eleitoral, em Santa Cruz do Capibaribe, o candidato representando o PSOL, Rodolfo Aragão, abriu a série de entrevistas, na Rádio Polo, com candidatos que pretendem administrar as cidades, da região, pelos próximos 4 anos.

Rodolfo foi assessor parlamentar de Fernando Aragão (PTB), durante o período em que este foi presidente da Câmara de Vereadores e integrou a coordenação de campanha de Edson Vieira (PSDB), para deputado estadual, em 1998. De família tradicional, com representantes nas duas alas na cidade, diz não concordar com o modo político/administrativo dos mesmos, faz críticas à situação e oposição e diz “sonhar com uma cidade melhor para as pessoas que vivem nela”.

A entrevista foi divida em três blocos, com perguntas exclusivamente do radialista Ney Lima.
De relação estreita ao distanciamento político

Mesmo com a relação familiar com os principais adversários na disputa majoritária, diz discordar da forma administrativa e assegura que tentou modificar enquanto foi aliado.

“O que eu penso é uma política diferente deles. Mesmo achando que Fernando e ‘Edinho’, têm umas politicas mais reflexivas, mas instigam dentro dos grupos uma certa animosidade… não existe uma preocupação para ter um pensamento crítico. Antes, eu já tinha percebido isso, mas pensava em tentar mudar a situação dentro de onde estava. Entendia que isso pudesse ser transformado. Participei, dei minhas opiniões, mas é difícil. Colocar dentro de grupos com praticas antigas da velha política, tentar mudar alguma coisa. Por que eles não sobrevivem sem essa velha politica, da animosidade, da não-discussão política, da não-proposição”, disse.
Plano de governo


O candidato explicou como montou seu plano de governo para uma possível administração municipal. De acordo com ele, o programa contará com uma participação decisiva do povo.

“Temos um plano que foi desenvolvido com a população. O ‘Fala Povo’, apesar de poucos, foram substanciais, por que foi a partir de contato com a população na Palestina e Santo Agostinho (bairros), que desenvolvemos”.

Experiência administrativa e preparação para o cargo

Mesmo assumindo não ter experiência administrativa, com recursos públicos, o candidato garante estar preparado para ser o gestor, pelos próximos 4 anos. De acordo com ele, com estudos, aprofundamento, uma equipe capacitada, e a contribuição popular, pode ajudar a superar deficiências.

“Não tenho requisito como administrador. Nunca administrei”, disse e completou mais à frente “O político tem que aprender, acho que a vontade política e com a ajuda do povo, tem como contornar essa situação. Estudando , lendo, pesquisando e pegando experiência com o que deu errado, para não fazer igual. Me sinto preparadíssimo para assumir a prefeitura, mas não quer dizer que não temos que aprender”, falou.
Governo sem apoio parlamentar?


Com apenas um candidato para o cargo legislativo, o candidato afirma que será difícil um mandato sem apoio na Casa de Leis, mas mostra outros caminhos que, segundo ele, cobriria esta falta.

“A Câmara tá lá para fiscalizar, é independente… É difícil, mas temos povo, temos imprensa, não acho que os vereadores, com a vitória do PSOL, serão contra projetos para população. Para superar isso tem que ser um governo popular. Mostrar quais são os projetos do governo, e se a Câmara não quiser aprovar, mostrar a população, temos mídia, imprensa…”, fala.
Polêmicas

Como ponto polêmico, o candidato já disse ser contra o armamento da Guarda Civil Municipal. O projeto tramita na Câmara de Vereadores.

“É uma questão complicada. Não acho que a questão da violência seja só o armamento. É mais complexa. Sou contra o armamento da guarda, mesmo com treinamento e capacitações. Não é atribuição da guarda andar armada. Quem tem que estar é a policia, que tem treinamento e cultura de repressão”, responde.

Quando indagado sobre uso de alguns recursos públicos específicos, Rodolfo ainda disse desconhecer a Lei Orçamentária Anual (LOA).

“Sinceramente não conheço a LOA. Até por que, não estudei tudo. É um processo”, falou.

Ele aproveitou para criticar a atual gestão por, segundo ele, não disponibilizar , no Portal da Transparência, atuais gastos em diversas áreas.
Propostas


Entre as propostas, o candidato destacou o reforço em áreas primordiais, como segurança, saúde e educação. No reforço das forças militares, em ajuda ao governo do estado e principalmente, na área social, com abertura das escolas aos fins de semana, para práticas de atividades da comunidade, com grupos de debates políticos e culturais.

Além disso, o candidato destaca uma busca para melhoria nos transportes alternativos do município e qualidade de vida, com ampliação das áreas de lazer, não apenas nos centro da cidade, mas em áreas periféricas do município.

Confira o conteúdo, na íntegra.


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