segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Corpo de padrinho morto durante casamento será enterrado nesta segunda

Será enterrado nesta segunda-feira (20) o corpo de Marcelo André Guimarães, 40 anos, morto por Rogério Damascena, 29 anos, de quem era padrinho de casamento. Ele foi assassinado no último domingo (19), justamente durante a festa de casamento do acusado, que também matou a noiva, a advogada Renata Alexandre Costa Coelho, 25 anos, feriu o irmão dela, Thiago Guerra, 23 anos, e por fim se matou, com um tiro na cabeça. Tudo isso aconteceu no condomínio Casa Grande de Aldeia, em Camaragibe, na Região Metropolitana do Recife, local da festa.

O enterro de Marcelo Guimarães será no cemitério Morada da Paz, em Paulista, no Grande Recife. O corpo de Rogério Damascena também será sepultado nesta segunda, no cemitério de Santo Amaro, na capital pernambucana – mesmo local onde ocorreu o enterro de Renata, no último domingo.

O CRIME
Segundo testemunhas, a festa transcorria normalmente até o momento em que o noivo dirigiu-se à caminhonete do pai, onde supostamente estaria a arma. A polícia assegura que houve premeditação. "Ele chegou e anunciou que todos teriam uma surpresa. O cenário revela um quadro técnico de premeditação, tanto é que havia uma arma no veículo e ele, em algum momento da festa, passou a portá-la. Ele premeditou de modo calculado, para que isso acontecesse posteriormente a ter sido realizado o casamento civil, não há dúvida", disse o delegado João Brito, que registrou o flagrante no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).

Até o momento, a única pessoa ouvida foi o pai do noivo, segundo o delegado. Todas as demais testemunhas estão sem condições de prestar depoimento e a polícia aguardará mais alguns dias para dar início às ouvidas. A caminhonete do pai e o carro onde o noivo foi levado para o HR já foram periciados e acredita-se que a arma do crime seja uma pistola calibre .380. Essa arma segue desaparecida.

Rogério Damascena chegou a ser socorrido e internado no Hospital da Restauração (HR), mas não resistiu e teve morte cerebral pela manhã.

O delegado informou que já solicitou à administração do condomínio onde estava sendo realizado o casamento as imagens das câmeras de segurança. Sobre o que teria motivado os homicídios, João Brito é cauteloso: "É muito cedo pra falar em motivação. É preciso respeitar as famílias", resumiu. O prazo para conclusão do inquérito é de 30 dias.

A irmã da noiva, Lúcia Helena Coelho, não estava mais na festa quando os crimes aconteceram. Tão chocada quanto os demais parentes e convidados, ela afirmou que não existe a menor hipótese de crime passional. "Não teve nada de passional. Minha irmã era uma pessoa maravilhosa, que amava e queria ser amada. Ele estava feliz, ela estava feliz, a festa estava linda. A família dele adorava ela e está sem entender nada. Ele se revelou um sociopata, que enganou a família inteira. Matou o melhor amigo dele, o chefe, que estava lá com a esposa e foi o padrinho do casamento", disse.


Fonte: pe360graus.com

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