segunda-feira, 4 de abril de 2011

Médicos legistas de Pernambuco decidem encerrar a operação-padrão


Os médicos legistas de Pernambuco, após assembleia realizada no começo da tarde desta quarta-feira (30), decidiram encerrar a operação-padrão reiniciada na última segunda (28). De acordo com o presidente da Associação Pernambucana dos Médicos Legistas (Apemol), Carlos Medeiros, a categoria viu que não haveria mais espaço para diálogo com o Governo e que a população ficaria prejudicada. Segundo Medeiros, os legistas consideram que a negociação salarial voltou à estaca zero e que será necessário apresentar nova proposta à administração estadual. O presidente da Apemol disse ainda que, na medida do possível, dentro das condições do Instituto Médico Legal, o serviço voltou ao funcionamento normal. Na noite da última segunda-feira (28), após o Conselho Regional de Medicina (Cremepe) considerar que era possível os legistas voltarem a trabalhar no IML, a categoria fez nova assembleia e decidiu pela manutenção da operação-padrão. "Verificamos as obras na estrutura física e os equipamentos e pelo que constatamos, a sala de necropsia já poderá ser usada”, chegou a afirmar o presidente do Cremepe, André Longo. Os legistas, no entanto, mantiveram o movimento. "Os médicos tiveram contemplada parte do que estava pleiteando junto ao Governo. Mas ficaram algumas pendências de cunho da própria carreira legista e do aspecto salarial. E, por conta disso, é que não se definiu pela suspensão do enfrentamento que a gente vinha tendo até então", disse Carlos Medeiros, na ocasião. Através do secretário da Casa Civil, Tadeu Alencar, o Governo de Pernambuco explicou que o acerto feito entre a categoria e o Governo, no último dia 23, previa o pagamento da gratificação referente aos meses de março, abril e maio, com variação de 14% a 32%. Em junho, data-base dos legistas, a negociação seria retomada. “Surpreendentemente, no mesmo momento em que o Conselho [Cremepe], por unanimidade, resolve levantar essa interdição e reconhecer que as condições de trabalho estão satisfatórias, nós vimos à assembleia dos médicos legistas reconsiderar essa decisão, poucos dias depois que aceitar a proposta do Governo, e entenderem que vão continuar com a operação padrão", disse o secretário.

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