sexta-feira, 8 de julho de 2011

Pobreza extrema em 2015 ficará abaixo do estimado

A pobreza extrema no mundo recuará mais que o esperado e deverá fechar 2015 afetando 15% da população - a estimativa anterior, feita pela Organização das Nações Unidas (ONU), era de 23%. O resultado positivo se dará graças à boa evolução das taxas sociais na China e na Índia, países que diminuíram o número de pobres a 5% e 22% de suas populações, respectivamente. A previsão foi feita nesta quinta-feira (7) pelo secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon.

Entre os dois gigantes da Ásia, o número de pobres terá diminuído de 455 milhões entre 1990 e 2005, para 320 milhões em 2015. A pobreza extrema afeta quem vive com menos de US$ 1,25 por dia. Os dados constam no relatório anual sobre os avanços dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio. O documento analisa também que "as previsões para África Subsaariana são ligeiramente mais otimistas do que antes".

Os analistas da ONU não se deixaram desalentar pela crise econômica na Europa e nos Estados Unidos, que provocou a queda dos preços das matérias-primas pela diminuição da demanda. “O crescimento mantém impulso suficiente no mundo em desenvolvimento, o que torna possível alcançar os objetivos à redução da pobreza", diz o relatório.

Apesar dos importantes avanços feitos oito anos após a fixação dos Objetivos do Milênio, os resultados ainda são insuficientes em algumas regiões. Entre os objetivos estão a eliminação da pobreza extrema e a fome, garantia da educação primária universal, redução da mortalidade infantil e a melhoa da saúde materna.

"Este relatório mostra que resta um bom caminho a percorrer para garantir os direitos das mulheres e meninas, promover o desenvolvimento sustentável e proteger os mais vulneráveis dos devastadores efeitos das crises, sejam por conflitos, desastres naturais ou a instabilidade nos preços dos alimentos e a energia", disse Ban.

Uma das conclusões do relatório indica que as oportunidades de conseguir um emprego produtivo e de turno integral para as mulheres são reduzidas e que, em consequência, estas se beneficiaram menos da leve recuperação do emprego uma vez passado o pior momento da crise.

Outro dos objetivos em atraso refere-se ao acesso universal à educação primária, pois a taxa de escolarização melhorou só 7% desde 1999. As crianças das famílias mais pobres, as que vivem em zonas rurais e de conflito e as meninas são as que correm maior risco de ficar de fora dos sistemas escolares.

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