segunda-feira, 26 de maio de 2014

2° EDIÇÃO


C  U  R  I  O  S  I  D  A  D  E
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HISTÓRIA DO WHISKY

História do Whisky:

Há registro na história, de que o primeiro processo de destilação foi descoberto pelos egípcios e chineses em busca de novas formas de perfumes e adaptado por monges na Europa, provavelmente no século 11, para a destilação de vinho com o objetivo de produzir conhaque. A prática foi divulgada à medida que os efeitos hedônicos da “a água da vida” se tornaram conhecidos. Como o clima do norte, não era favorável ao cultivo da uva, o processo foi adaptado para a destilação de cereais fermentados, em especial a cevada. Mas, no século doze, na Irlanda, uma forma precária de whisky estava sendo destilada, e essas experiências foram introduzidas na Escócia pelos monges irlandeses. 

Sabe-se que São Colomba viajou da Irlanda até o porto em Iona em 536 d.C., uma data valiosa para a história religiosa da Escócia. A ilha escocesa de Islay, perto de Iona, tem uma grande e histórica tradição de produzir whisky de malte e tradicionais ligações históricas com a Irlanda através da língua comum, o gaélico. Seu limite ocidental está imensamente distante da Calçada dos Girantes no condado de Antrim, Irlanda do Norte, e Kintyre, no continente escocês, e, portanto, teria sido uma simples questão de transportar de barco um alambique primitivo para Islay, segundo a lenda, um girante irlandês saltou até a Escócia com um tonel de whisky nas costas, e não é coincidência que aqua vitae se traduza para o gaélico como “uisge beatha”. Comenta-se, no entanto, que o termo gaélico veio primeiro tendo sido latinizado pelos monges. 

A primeira referência a palavra “whisky” está inscrita no Tesouro Público da Escócia de 1494, que registra uma encomenda do rei Jaime IV de “oito recipientes de malte para o frade John Cor da abadia de Lindores, com os quais deveria fazer aqua vitae” (equivale a aproximadamente 400 garrafas atuais). Após a dissolução dos mosteiros no século 16, muitos monges passaram a desenvolver suas habilidades como destiladores de “uisge beatha”, que já eram conhecidos por suas qualidades medicinais. 

Diz-se ser do pastor de Ettrick, James Hogg, o seguinte comentário: “Se uma pessoa pudesse encontrar a proporção exata em quantidade que deve ser bebida diariamente e ater-se a isso, acredito que ela poderia viver para sempre, sem morrer em absoluto, e que médicos e cemitérios seriam desnecessários”. 

Embora a habilidade de destilação tenha sido no início desempenhada por monges, os fazendeiros da região adquiriram rápido as novas habilidades. No século 16, a destilação do whisky tornara-se uma das principais atividades nas fazendas de toda Escócia, e o processo foi aperfeiçoado pelo desenvolvimento do familiar alambique “por still” em forma de pêra muito utilizado ainda hoje e o uso de água corrente fria para a melhor condensação do espírito, já que a região existe água em abundância de ótima qualidade. Foi também no século 16 que a lei escocesa interferiu inicialmente na produção de whisky.

Tino Lopes
Administrador de empresas
Relações Públicas
MBA em Pessoas e Finanças
Pós-Graduado em Gestão Pública
Extensão em Arranjos Produtivos na Área de Confecções
Comunicador de Rádio
Pesquisador

Próxíma edição: Continuação da História do Whisky