domingo, 3 de agosto de 2014

“O aterro sanitário de Caruaru parece mais um lixão”, dispara ambientalista

O município de Caruaru, no Agreste pernambucano, está entre as 80% dos 5.565 cidades que não erradicarão os lixões até o dia 02 de agosto, data estabelecida pela Política Nacional de Resíduos Sólidos, assinada pelo então presidente Lula, em dezembro de 2010. Segundo o professor e mestre em Direito Ambiental, Marcelo Rodrigues, a prefeitura de Caruaru não trabalha políticas ambientais. “Caruaru vem sofrendo ao longo desse período uma enxurrada de resíduos sólidos. A gente ver isso nas calças, ruas, no Rio Ipojuca, enfim, o que está demonstrado por essa gestão é a falta de compromisso com a lei”, critica.

A lei deixa claro que o gestor municipal deve ser responsabilizado e o município perde verbas. Nas eleições de 2012, o prefeito José Queiroz garantiu que a Capital do Forró iria cumprir o estabelecido, mas ficou apenas em promessa de campanha. “Cabe ao prefeito que não cumprir ser responsabilizado por prevaricação e crime de responsabilidade e deixa de receber verbas federais com relação aos planos de resíduos sólidos”, destaca.


Mesmo com a aquisição de um espaço para o aterro sanitário, Caruaru está atrasada na visão do ambientalista. “Foi comprado um espaço, mas parece que caiu no esquecimento, e parece que está tudo resolvido. O aterro sanitário de Caruaru parece mais um lixão”, dispara Marcelo Rodrigues.

Em Caruaru não existem campanhas educativas por parte do poder público que mostre a urgência em reduzir a geração, reutilização do que for possível ou reciclagem de resíduos.

(Foto de Capa: Blog do Povo)