quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Empresário é condenado a oito anos de prisão pela morte auxiliar de enfermagem

Defesa argumentou que Alisson não foi culpado pelo acidente, mas ele acabou condenado. Foto: Igo Bione/JC Imagem

Em resultado divulgado às 0h35 desta quinta-feira (25), o júri Popular formado por cinco mulheres e dois homens condenou o empresário Alisson Jerrar Zacarias dos Santos, de 26 anos, a oito anos de prisão no regime semiaberto pela morte da auxiliar de enfermagem Aurinete Gomes de Lima dos Santos, na época com 33 anos, e pela tentativa de homicídio do marido e da filha dela.

A pena aplicada corresponde a seis anos pela morte da mulher e dois anos por duas tentativas de homicídio em colisão entre os dois carros em 2008, no cruzamento Avenida Domingos Ferreira com a Ernesto de Paula Santos. Como os advogados de defesa vão recorrer da decisão, Alisson Jerrar continua em liberdade. Ele também vai ficar impedido de dirigir pelo período de seis anos.

A caminhonete guiada por Alisson Jerrar Zacarias dos Santos bateu no carro dirigido por Wellington Lopes dos Santos, sem habilitação. A auxiliar de enfermagem Aurinete Gomes morreu no local e a filha do casal, de seis anos, escapou sem sequelas.
Foto: reprodução/TV Jornal

O julgamento começou às 10h30 da quarta-feira (24) e foi residido pelo juiz Jorge Luiz dos Santos Henriques. A seção aconteceu na na 2ª Vara do Tribunal do Júri da Capital, que fica no Fórum Joana Bezerra, área central do Recife.

Em depoimento, o empresário admitiu ter bebido horas antes do acidente, mas responsabilizou o viúvo pelo avanço do sinal. Os advogados apresentaram documentos que indicavam que a caminhonete foi atingida pelo carro da família da auxiliar de enfermagem.

Wellington Lopes dos Santos, marido de Aurinete Gomes, comemorou a decisão, mesmo com a possibilidade do condenado de recorrer da pena:

O prazo para recorrer da sentença condenatória no tribunal de justiça é de oito dias a partir desta quinta-feira. Neste caso, não existe prazo para um novo julgamento.

Bruno Lacerda, advogado de defesa do empresário afirma que a decisão é equivocada no quesito dolo eventual:

A promotora Dalva Cabral afirma que o fato de o condenado sair em liberdade não significa impunidade: