O delegado de Sirinhaém, Carlos Alberto Veloso Lopes, ouviu nesta quarta-feira (4) novas testemunhas do caso do menino Paulo Henrique dos Santos, encontrado morto em um pula-pula no último domingo (1º).
A comerciante Elisangela Maria da Silva disse em depoimento que não viu a criança entrando no brinquedo e que acredita que a dona do pula-pula não viu o menino quando desativou o equipamento.
De acordo com Carlos Alberto, vai ser feita uma simulação para averiguar o caso. Ainda segundo o delegado responsável, a dona do brinquedo pode responder por homicídio culposo, quando não há intenção de matar, caso fique comprovado que ela tenha desinflado o pula-pula com a criança dentro.
Patrícia Maria da Silva, a mãe do menino, afirmou que perdeu o filho de vista enquanto catava latinhas, principal fonte de renda da família. Ela se defende e diz que não faria nenhuma maldade com o próprio filho. "Eu não tenho culpa do que aconteceu. Eu não vi. Jamais eu faria isso", garantiu.
O laudo da necropsia realizada pelo Instituto de Medicina Legal (IML) apontou que o menino de três anos foi morto por traumatismo craniano. De acordo com a polícia, o pula-pula tinha quatro metros quadrados, não sendo possível causar um trauma deste tipo, já que é de material flexível. Os vizinhos chegaram a tocar fogo no brinquedo da comerciante Maria Nazaré Bezerra.
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