quinta-feira, 25 de agosto de 2016

Eleições 2016 – Cobertura completa!


“Estou firme e forte para acabar com esse mal, chamado ‘facções políticas’”, afirma Clodoaldo Barros


Fotos: Thonny Hill.

Pela primeira em uma disputa eleitoral, Clodoaldo Barros tem, em 2 de outubro, o desafio de buscar o eleitorado santa-cruzense para administrar o município, a partir de 1 de janeiro de 2017. Com um slogan que preza pela ‘moralidade’, dentre um dos princípios fundamentais, o candidato faz diversas críticas às esferas de governo municipal, estadual e federal.

Filiado atualmente ao Partido da Mobilização Nacional (PMN), diz ter vergonha de um dia ter sido integrante do Partido dos Trabalhadores (PT), legenda que classifica como “quadrilha”.

Autor inicial de denúncia de apropriação e uso de terrenos públicos no município, e crítico ferrenho das denominações “taboquinha” e “boca-preta”, Clodoaldo Barros de Queiroz foi o terceiro candidato entrevistado na série da Rádio Polo, na cobertura das eleições 2016.
“Sem cor”

Suas participações em eleições passadas foi, de acordo com ele, apenas como eleitor, nunca tendo participado ou trabalhado, de forma ativa, para qualquer das principais alas, na cidade. Como filiado, já integrou o PT, ao qual faz críticas pesadas e diz ter vergonha desse fato.

“Fui e sou eleitor como todos. Já votei em Zé Augusto, nessa ultima em Edson, também em Afrânio… não tenho lado”, diz e completa mais à frente “Infelizmente, fui filiado ao PT, pra minha vergonha, e não tenho nenhum orgulho disso. Arrependo-me amargamente de feito parte dessa quadrilha”, fala.


CPI dos terrenos



Baseado no seu slogan de campanha, sustentado em cinco princípios para administração pública, “Legalidade, Impessoalidade, Moralidade, Publicidade e Eficiência” (L.I.M.P.E), o candidato afirma que a conhecida “farra dos terrenos públicos”, que deu criação a uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Casa José Vieira de Araújo, ainda segue. Para ele, o caso nunca foi investigado como deveria.

“Fiz a denuncia quando passei a conhecer como funciona essa indústria, que continua, vale frisar, a todo vapor. Nunca teve uma conclusão descente e eficiente”, diz.

Indagado sobre onde estariam atualmente as irregularidades, ele responde que “vários bairros”, e cita alguns dos possíveis pontos.

“Acauã, Pedra Branca… são vários bairros, várias localidades”, diz e complementa. “No canal que divide o Dona Lica I e Dona Lica II, estão sendo feitas divisões, que inclusive é área pública de preservação permanente. É imoral, ilegal e vai causar diversos danos à população”.
Incoerente?

Questionado, o candidato assume que ajudou a comprar e residiu em residência construída em área pública. No entanto, garante que não tinha conhecimentos sobre o fato e questões legais e burocráticos sobre os procedimentos a serem feitos, na compra, teriam ficado a cargo da companheira, à época.

“Sim. No meu segundo relacionamento sério com uma pessoa, ela comprou esse terreno. Por coincidência, eu tinha saído de um emprego, e peguei o meu dinheiro juntei com o dela e construímos essa casa. Mas, quando chegamos à prefeitura para legalizar tudo, foi descoberto que a área era pública”, diz complementado que no ato da compra a companheira também teria sido enganada pelo vendedor que teria alegado a legalidade do espaço.

Ele assume que foi um erro, mas assegura que tentou legalizar a situação na Secretaria de Obras, junto à prefeitura, após saber de todo o procedimento.

“Quem tomou a frente de parte burocrática foi a minha ex-companheira. Nunca tive casa própria, não tinha noção de toda parte burocrática. Faz oito anos, foi no início do mandato de Toinho. Nunca possui imóvel para saber como funcionava”, diz e completa em seguida “É claro que tenho (responsabilidade) depois de tudo esclarecido, busquei todos os meios legais para legitimar essa construção”.
Relação com o poder judiciário

O candidato ainda reconhece ‘exageros’ em palavras direcionadas a juiz e promotores, mas alega que respeito é reciprocidade e que não estaria sendo levado a sério com denúncias feitas. Após declarações contra eles, em redes sociais, Clodoaldo Barros foi processado por calúnia e difamação. O caso segue na justiça.

“Reconheço que exagerei na provocação e estou respondendo tranquilamente aos que fiz”, diz e completa “O respeito é reciproco. A partir do momento em que as instituições não agem como manda a lei, me senti desrespeitado. A ineficiência do judiciário atinge toda a população. Não justifica meus erros, mas é questão de bom senso e o principio da proporção”.

O candidato assegura que usou de vários artifícios legais para chamar a atenção da justiça sobre problemas do município, mas suas denúncias teriam sido ignoradas.
Mais denúncias e festas

Considerada uma das grandes obras inauguradas durante a gestão Vieira, em parceria com o governo do Estado, o Calçadão Miguel Arraes de Alencar também é mote de criticas e denúncias de Clodoaldo. O local é tido para ele, como ponto de farsa nos seus valores.

“O valor da obra não é o difundido. Reafirmo e repetirei sempre, até que seja devidamente investigado. É uma questão de pesquisa, lógica e matemática”, disse, acrescentando que a CPI formada na Câmara Municipal, para investigar supostos erros, também foi fraudada.

Por fim, o candidato ainda fez críticas às contratações de festas populares. Sendo eleito, diz que haverá mudanças no critério de bandas contratadas.

“Os eventos cristãos sou de acordo com todos eles. A parte de rua, posso garantir que Wesley Safadão não estará aqui, convidando mulher para se agachar e tomar cachaça…os cantores serão de qualidade, que cantam musicas e não promiscuidade e apologia a todo tipo de bagaceira”, finalizou.




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