sexta-feira, 16 de setembro de 2016

ACUSADOS DE ASSASSINAR PROMOTOR DE JUSTIÇA SERÃO JULGADOS EM OUTUBRO



Após quase dois anos do assassinato do promotor de Justiça Thiago Faria Soares, 36 anos, o Tribunal Regional Federal da 5ª Região definiu a data do julgamento dos quatro acusados pelo crime. O júri popular acontecerá em 24 de outubro deste ano. Sentarão no banco dos réus José Maria Pedro Rosendo Barbosa, conhecido como Zé Maria de Mané Pedo, considerado o mentor do crime, e os supostos executores, José Maria Domingos Cavalcante, Adeildo Ferreira dos Santos e José Marisvaldo Vitor da Silva. Além do homicídio do promotor de Itaíba, os acusados responderão pelas tentativas de homicídio contra a noiva dele, Mysheva Freire Ferrão Martins, e o tio dela, Adautivo Elias Martins.

O crime, de repercussão nacional, aconteceu em 14 de outubro de 2013, no Km 19 da Rodovia PE-300, no município de Águas Belas, Interior de Pernambuco. O promotor seguia com a noiva e o tio dela para Itaíba quando teve o carro interceptado. Os acusados desceram e dispararam vários tiros, que atingiram apenas Tiago.

A motivação teria sido desavenças do suposto autor intelectual José Maria Rosendo e o casal de noivos, que disputavam, na Justiça Estadual, o direito de propriedade da Fazenda Nova, localizada em Águas Belas.

Segundo a acusação do Ministério Público Federal (MPF), formulada na denúncia, no dia do crime os réus José Maria Pedro Rosendo Barbosa, José Maria Domingos Cavalcante, Antonio Cavalcante Filho, Adeildo Ferreira dos Santos e José Marisvaldo Vitor da Silva mataram dolosamente Thiago Faria e tentaram matar as vítimas Mysheva Freire Ferrão Martins e Adautivo Elias Martins, por motivo torpe e mediante recurso que tornou impossível ou dificultou a defesa das vítimas.

Federalização

A investigação sobre a morte de Thiago Faria foi marcada por uma crise institucional entre a Polícia Civil e o Ministério Público de Pernambuco (MPPE). Enquanto a polícia seguia a linha de que o crime foi motivado por disputa de terras, promotores do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) consideravam que o homicídio poderia ter relação com vingança ou ciúmes. A queda de braço resultou na federalização do caso.
(Com informações do Ronda JC)

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