terça-feira, 31 de janeiro de 2017

Nova fase da Operação Turbulência investiga compra de avião de Eduardo

Com informações da Rádio Jornal

Operação investiga compra de aeronave utilizada pelo ex-governador. Foto: reprodução / internet

A Polícia Federal em Pernambuco deflagrou nesta terça-feira, a Operação Vórtex, um desmembramento da Operação Turbulência, que investiga repasses de valores para a compra do avião Cesnna, que transportava candidato à presidência e ex-governador de Pernambuco Eduardo campos e assessores, mortos em acidente aéro em 2014.

De acordo com a PF, uma nova empresa que teve o nome preservado por segredo de justiça, teria passado cerca de R$160 mil à já investigada pela Operação Turbulência, Câmara e Vasconcelos, e esta encaminhou a mesma quantia para a proprietária da aeronave.

A empresa acima citada é Lidermac, que atua na atividade de construções e vendas de equipamento. A investigação da Polícia Federal conseguiu apurar que ela tem mais de R$87 milhões em contratos com o Governo do Estado entre 2010 e 2016, período em que Eduardo Campos e o atual governador Paulo Câmara estavam a frente do executivo estadual.

O superintendente, Marcelo Diniz Cordeiro, apresentou também valores de repasses para campanhas de políticos e partidos que demonstram a evolução entre eleições. Em 2006, ela doou R$30 mi, no ano de 2008, o valor foi três mil reais. Nas eleições de 2010, a empresa destinou R$270 mil. Já em 2012, o repasse foi de R$1,5 milhão e em 2014 os valores chegaram R$ 3,8 milhões.

Desdobramento


Entre os mandados condução coercitiva, os alvos da Polícia Federal foram Gerson Carneiro Leão, Gláucio Carneiro Leão Neto, Camila Leich Carneiro Leão e Rodrigo Leich Carneiro Leão, todos sócios na Lidermac. Mais seis mandados de busca e apreensões foram cumpridos na Zona Sul do Recife e em Jaboatão dos Guararapes, na RMR. Todo material recolhido, recibos, documentos e HD’s serão investigados.

Nota do partido


Em nota, a direção estadual do PSB veio a público, a respeito da Operação Vórtex da Polícia Federal em Pernambuco, para fazer as seguintes considerações:

1. São estranhos os números divulgados pela Imprensa supostamente como resultado de apurações realizadas pela PF;

2. No período 2006-2014 a empresa Lidermac fez apenas uma doação à campanha majoritária do PSB, no ano de 2014, no valor de R$ 500 mil, legalmente recebida e declarada à Justiça Eleitoral, que aprovou a prestação de contas;

3. Não houve doação da empresa Lidermac a candidaturas majoritárias do PSB em nenhuma das outras campanhas mencionadas (2006, 2008, 2010 e 2012) sendo que os valores listados pela imprensa correspondem a contribuições a outras candidaturas e agremiações partidárias;

4. Quanto ao mencionado valor de R$ 1,5 milhão, o mesmo não procede. Ao analisar todos os registros no sistema de prestação de contas da Justiça Eleitoral, se identifica um equívoco de aritmética. Os responsáveis pela apuração somaram três vezes a mesma doação de R$ 500 mil durante sua tramitação do Diretório Nacional, que a recebeu, para o Diretório Estadual, que a repassou ao comitê financeiro da campanha do candidato a governador.

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