quinta-feira, 6 de novembro de 2014

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Homicídio de cantor evangélico está esclarecido, mas radialista atrapalhou na captura do possível assassino, revela policial da DPH
Capa do último CD gravado por Amós, morto a pedradas na zona rural. Foto: Thonny Hill.

Em entrevista concedida a nossa equipe de reportagem, o policial Marcelo Malhas, que integra a equipe da 21ª Delegacia de Proteção e Homicídios (DPH) falou sobre o andamento das investigações do homicídio do cantor evangélico Amós Antônio dos Santos.

O cantor, que tinha 32 anos, foi morto a pedradas na localidade conhecida como “Sítio Terezinhas” entre os dias 06 e 07 de outubro deste ano (relembre o caso clicando AQUI).

De acordo com Marcelo, uma linha de investigação já foi traçada e que o policiamento já tem conhecimento de quem seria o possível assassino do cantor, mas que a divulgação de informações por parte de um radialista e blogueiro (sem especificar quem) teria atrapalhado na captura desse suspeito.

Marcelo frisou que esse suspeito vinha sendo monitorado e que aguardava apenas o expedir de um mandado de prisão pela Justiça, mas que a captura do mesmo foi atrapalhada em virtude que, segundo Marcelo, esse radialista e blogueiro teria se excedido em seu programa de rádio, divulgando nome desse suspeito e dito que também divulgaria fotos em seu blog.

“Mesmo que saia esse mandado de prisão, a gente não tem mais ele na mão. Ele não está mais sendo monitorado, se evadiu e tomou direção incerta. Acredito que esse repórter (radialista) não fez por mal, mas foi uma forma imprudente. Ele não pensou pra frente, não pensou no futuro e, infelizmente, esse suspeito veio se evadir”, frisou Marcelo.

Marcelo citou que algumas pessoas chegaram a divulgar também que Amós seria homossexual e que isso tinha relação com o crime, assim como a possibilidade de havido um latrocínio (roubo seguido de morte) também foi divulgada, mas que nada, segundo ele, foi oficialmente dito pelos policiais.

Marcelo citou que cerca de 150 pessoas estiveram no local onde aconteceu o crime e que o mesmo já foi solucionado, mas aguarda que o mandado de prisão seja expedido. As investigações trabalham agora na localização desse principal suspeito.