quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Mototaxista sofre tentativa de homicídio após escapar de emboscada em Santa Cruz do Capibaribe

Foto: Fernando Lagosta.

Na noite desta quarta-feira (05), mais um mototaxista de foi alvo de uma tentativa de homicídio.

De acordo com as informações colhidas por nossa equipe de reportagem, José Marivaldo Pereira Minerva (43 anos e residente no loteamento Acauã) foi ferido com um tiro na perna e deu entrada no Hospital Municipal.

Dois mototaxistas haviam sido solicitados para levar passageiros e, ao chegarem até a localidade solicitada, no distrito de São Domingos (de Brejo da Madre de Deus), um deles notou que havia várias pessoas em atitude suspeita.

Desconfiado, achou que seria vítima de uma emboscada e, para fugir, acelerou a moto, chegando a derrubar a adolescente no chão.

Ao tentar fugir, José Marivaldo foi atingido na perna com um disparo de arma de fogo. Outro mototaxista que estava junto conseguiu fugir.

A polícia coletou informações e conseguiu prender a adolescente, que entregou seus comparsas um a um. 10 pessoas foram presas e apreendidas, e conduzidas para a delegacia de Santa Cruz do Capibaribe.

A adolescente que foi apreendida, havia se envolvido em uma ocorrência um dia antes, onde ela roubou uma moto no distrito de Poço Fundo, juntamente com uma mulher, armada com uma faca.

Além disso, foram apreendidos celulares roubados, uma porção de maconha e outros objetos como um tablet, um aparelho de som, um aparelho de DVD e uma câmera digital. Um casal, maiores de idade, foram presos por tráfico de drogas e furto, onde deverão ser conduzidos a presídios ainda hoje.

Os adolescentes apreendidos foram liberados.

O desabafo

Vendo seu trabalho sendo jogado “pelo ralo” ao presenciar criminosos adolescentes sendo liberados, um dos policiais deu seu desabafo.

“É frustrante para gente ver uma cena dessa, mas na nossa profissão que escolhemos, somos obrigados a ver coisas que não gostaríamos de ver. Isso não abaixa nossa cabeça, não tira nossa autoestima e vamos continuar a fazer o nosso trabalho até que as leis sejam modificadas. Enquanto sangue de polícia correndo nas veias, vamos fazer o que é o certo, o bem para proteger a sociedade. Vemos eles sendo liberados agora, mas vamos para rua prender eles de novo até que as leis sejam modificadas ou eles sejam de maiores, para “responder” pelos seus atos”, concluiu.