segunda-feira, 16 de março de 2015

Apesar das chuvas, o Açude Arrodeio em São José do Belmonte não acumula água

Açude Arrodeio em São José do Belmonte não acumula água Foto: Elson Jackson

"O gigante adormeceu", frase essa que combina com o açude mais antigo de São José do Belmonte, o Açude Arrodeio. Restaram apenas pasto e lembranças. O local que por muito tempo foi a principal fonte de renda para dezenas de famílias belmontenses que vivem da piscicultura, hoje está abandonado e cheio, de vento.

Mas afinal, nenhum pingo d'água? O que estaria interrompendo a água chegar no leito do Açude Arrodeio? "Pouca chuva ou talvez a construção mal planejada de obras hídricas estaria interrompendo o curso da água", respondeu um pescador, sentado na parede do açude, lembrando do tempo de fartura.

Em 2012, o deputado Rodrigo Novaes, chegou a pedir o desassoreamento de açude, quando encaminhou na Assembleia Legislativa de Pernambuco, a indicação Nº 5485/12, solicitando o procedimento. O parlamentar argumentou que a cidade também sofre com a seca que castiga todo o sertão e, dentre as dificuldades enfrentadas, está o assoreamento do Açude Arrodeio que serve para a produção de tilápia. Era preciso aproveitar a estiagem para desassorear o açude, assim a produção de peixe poderia ser retomada, onde hoje beneficiaria mais de 250 famílias, e a capacidade de armazenamento de água seria maior, suportando de forma mais eficaz as próximas estiagens.

Porem, agora os problemas aumentaram: chuvas irregulares, o assoreamento e talvez o curso d'água interrompido. Este terceiro é o cenário do imediatismo, caracterizado pela ânsia de fazer chegar água, a todo custo, em outras regiões (pensamento muito comum na classe política), sem haver, no entanto, a preocupação com as conseqüências impostas ao meio ambiente ao se adotar essa alternativa. Planejar é preciso!
Estação meteorológica do IPA, na parede do Açude Arrodeio
Foto: Elson Jackson

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